Top Ten Tuesday




Livros a ler para entrar no espírito Halloween


Estas são algumas das minhas escolhas de livros que tenho interesse em ler dentro da temática Halloween.
Há pelo menos um ou outro que quero ainda ler esta semana.












Adequam-se ao espírito de Halloween?

Opinião Livro

Misery, Stephen King



Título Original: Misery
Autor: Stephen King
Editora: 11x17
Género: Thriller
Páginas: 480
Ano Publicação PT: 2013

Sinopse

Paul Sheldon é um famoso escritor de romances cor-de-rosa, tornado célebre pela personagem principal das suas obras, Misery Chastain. Porém, Sheldon entendeu que estava na hora de virar a página e decidiu «matar» Misery. É então que sofre um terrível acidente de viação e é socorrido por Annie Wilkes, uma ex-enfermeira que o leva para sua casa para o tratar. O que Paul não sabe é que Annie, a sua salvadora, é também a sua maior fã, a mais fanática e obcecada de todas — e está furiosa com a morte de Misery. Ferido e incapaz de andar, totalmente à mercê de Annie, Paul é obrigado a escrever um novo livro para «ressuscitar» Misery, como uma Xerazade dos tempos modernos nas mãos de uma psicopata tresloucada que há muito deixou de distinguir a realidade da ficção. Repleto de complexos jogos psicológicos entre refém e captor, "Misery" é uma obra de suspense e terror no seu estado mais puro.



Stephen King é famosíssimo mas nunca me tinha sentido tentada a ler nada seu. Tinha uma ligeira curiosidade e quando me apanhei a jeito na vontade de me perder pelos seus mundos de suspense, iniciei a leitura de Misery.


Misery tanto significa a personagem criada por Paul Sheldon, escritor famoso de romances históricos, como para descrever a temporada que este escritor passa em casa da sua fã n.º 1. Pelo nome dá para perceber que não irá ser uma temporada agradável: gravemente ferido, Paul, vive constantemente entre o sobressalto e o terror das flutuações de humor da sua querida anfitriã Annie.

No início senti-me um pouco perdida nas alucinações que a personagem Paul vai tendo, devido à forte medicação que Annie lhe dá para as dores, pois são ainda poucas as indicações que temos do que realmente se passa. Mas depois de entrar no rumo de como aquele homem famoso foi ali parar, e assim que, Annie mostra as suas garras, é impossível não ficar com vontade de descobrir como é que tudo vai terminar. Paul Sheldon para além de se encontrar num local remoto cheio de neve e sem vizinhos, precisa de usar uma cadeira de rodas para se deslocar, assim como, precisar dos medicamentos para conseguir “funcionar” tanto ao nível físico como mental, e a sua querida fã adora fazê-lo desesperar pelos comprimidos milagrosos. E são estes aspectos que nos fazem ansiar pelo desfecho que se apresenta pouco favorável para Paul.


É uma constante batalha entre não querer provocar e querer domesticar Annie, contudo esta mostra-se muito mais esperta e sabida do que aquilo que Paul imagina. E acho que é este o trunfo do livro: ao nos apresentar uma personagem solitária, de aparência pouco atraente e cuidada, de temperamento volúvel, cria-se a imagem de uma maluquinha. Sei que é uma palavra que em nada traduz o que ela representa, mas o que quero dizer, é que dá a ideia que Annie não deve muito à inteligência, mas afinal revela-se bem mais astuta e manhosa que uma raposa.


Stephen King conseguiu convencer-me a querer descobrir mais das sua vasta obra. Tem um humor negro muito interessante e a construção psicológica das suas personagens está fantástica. Se por um lado vemos um homem a lutar diariamente para se manter vivo, apesar de sentir-se num beco sem saída, por outro vemos uma mulher que é capaz de tudo para se sentir satisfeita mas sem nunca dar parte fraca que é a culpada. Achei-a incrível e a maneira de pagar na mesma moeda a quem nos faz sofrer, é uma boa lição, pois como se diz “cá se fazem, cá se pagam.” Vive-se numa constante tensão e angústia juntamente com Paul.

Este livro satisfez-me mais do que aquilo que imaginava, contudo não lhe dei mais pontuação, pois é um género que ao misturar terror psicológico com chacina, ainda não me sinto confortável para avaliar sem ter lido mais do mesmo tipo. Como quero descobrir mais livros de suspense, thriller ou horror, então só a partir daí poderei fazer comparações, e assim, avaliá-lo de outra maneira.
 
Classificação: 4 de 5*





 

Opinião Livro

Maze Runner - Correr ou Morrer, James Dashner


Título Original: The Maze Runner
Autor: James Dashner
Editora: Editorial Presença
Género: Distopia
Série: The Maze Runner #1
Páginas: 397
Ano Publicação PT: 2012

Sinopse

Quando desperta, não sabe onde se encontra. Sons metálicos, a trepidação, um frio intenso. Sabe que o seu nome é Thomas, mas é tudo. Quando a caixa onde está para bruscamente e uma luz surge do teto que se abre, Thomas percebe que está num elevador e chegou a uma superfície desconhecida. Caras e vozes de rapazes, jovens adolescentes como ele, rodeiam-no, falando entre si. Puxam-no para fora e dão-lhe as boas vindas à Clareira. Mas no fim do seu primeiro dia naquele lugar, acontece algo inesperado - a chegada da primeira e única rapariga, Teresa. E ela traz uma mensagem que mudará todas as regras do jogo.



Este ano iniciei-me nas leituras conjuntas de distopia no Goodreads, e até há data, tinha gostado do primeiro livro de todas as séries que iniciámos. Por isso quando comecei Maze Runner nunca pensei que andasse a arrastar a leitura e só com muito esforço a terminasse.


Um grupo de jovens rapazes é colocado num lugar que eles baptizaram de Clareira e onde tentam sobreviver, pois para lá dos muros do labirinto, durante a noite, há perigosas criaturas que os podem matar. Desde a chegada de Thomas que muitas situações, ditas normais para o grupo, alteram-se. Não só chega a única rapariga com uma mensagem importante, como os muros do labirinto permanecem abertos, o clima parece alterar-se e Thomas passa a ser acusado de saber muitas mais coisas do que aquilo que afirma.
 





É muito difícil conseguir extrair alguma informação válida para perceber os porquês daqueles jovens estarem naquele local com monstros à solta. É que não só é um quebra-cabeças para as personagens, como o é para o leitor, e se os primeiros não têm nada de palpável sobre a verdade, a bem dizer, até ao final, como é que o leitor se pode sentir satisfeito?! Eu não fiquei, parecia que quantas mais dúvidas os jovens da Clareira tinham com o desenvolvimento dos acontecimentos, mas confusa ficava. Há ali muitas peças soltas que provavelmente só são para ser respondidas nos dois próximos volumes, isto se o forem e se houver uma mudança no comportamento do protagonista. Pois aquela sensação que o Thomas pressente como certa e que afinal sabe as coisas, não é lá muito abonatória para simpatizar com ele.

E talvez por isso tenha sido pesarosa a leitura pois o narrador Thomas não me conseguiu atrair para me fosse possível sentir satisfeita e confortável com o pouco que se sabe sobre daquele mundo. Achei-o uma personagem que tanto consegue ser irritante, como enfadonho como presunçoso. Tanto se sente farto dos colegas que ainda mal conhece, como se sente confortável naquele local estranho, como questiona tudo e todos quando afinal ele sabe mais do que aquilo que divulga. Caso estivéssemos constantemente a divagar pelos pensamentos de Thomas o livro seria horrível, e mesmo que ele seja difícil de domesticar na interacção com os outros colegas, são essas mesmas interacções que levantam a moral do livro. 

É difícil entrar na história e só mais ou menos a um quarto do final, isto é quando a rapariga Teresa acorda, é que tudo toma um novo rumo e dinamismo. Há trabalho de grupo e o individualismo deixa de ser uma constante, pois para o bem ou para o mal, eles estão nisto juntos e convém que tentem resolver a situação como grupo, e não uns contra os outros. E foi mesmo este aspecto aliado ao factor mudança de rumo/cenário da história que me fizeram sentir finalmente um frenesim.


Apesar de ter arrastado a leitura, fiz bem dar-lhe tempo e tê-lo conseguido terminar, pois a parte final deixou-me empolgada. Só que não tão entusiasmada assim para conseguir ler o próximo, Maze Runner – Provas de Fogo, num futuro próximo. Tenho de dar tempo ao tempo para me sentir motivada para terminar de vez esta série (isto se a chegar a terminar).
 



Classificação: 3 de 5*