Opinião Livro

Maze Runner - Correr ou Morrer, James Dashner


Título Original: The Maze Runner
Autor: James Dashner
Editora: Editorial Presença
Género: Distopia
Série: The Maze Runner #1
Páginas: 397
Ano Publicação PT: 2012

Sinopse

Quando desperta, não sabe onde se encontra. Sons metálicos, a trepidação, um frio intenso. Sabe que o seu nome é Thomas, mas é tudo. Quando a caixa onde está para bruscamente e uma luz surge do teto que se abre, Thomas percebe que está num elevador e chegou a uma superfície desconhecida. Caras e vozes de rapazes, jovens adolescentes como ele, rodeiam-no, falando entre si. Puxam-no para fora e dão-lhe as boas vindas à Clareira. Mas no fim do seu primeiro dia naquele lugar, acontece algo inesperado - a chegada da primeira e única rapariga, Teresa. E ela traz uma mensagem que mudará todas as regras do jogo.



Este ano iniciei-me nas leituras conjuntas de distopia no Goodreads, e até há data, tinha gostado do primeiro livro de todas as séries que iniciámos. Por isso quando comecei Maze Runner nunca pensei que andasse a arrastar a leitura e só com muito esforço a terminasse.


Um grupo de jovens rapazes é colocado num lugar que eles baptizaram de Clareira e onde tentam sobreviver, pois para lá dos muros do labirinto, durante a noite, há perigosas criaturas que os podem matar. Desde a chegada de Thomas que muitas situações, ditas normais para o grupo, alteram-se. Não só chega a única rapariga com uma mensagem importante, como os muros do labirinto permanecem abertos, o clima parece alterar-se e Thomas passa a ser acusado de saber muitas mais coisas do que aquilo que afirma.
 





É muito difícil conseguir extrair alguma informação válida para perceber os porquês daqueles jovens estarem naquele local com monstros à solta. É que não só é um quebra-cabeças para as personagens, como o é para o leitor, e se os primeiros não têm nada de palpável sobre a verdade, a bem dizer, até ao final, como é que o leitor se pode sentir satisfeito?! Eu não fiquei, parecia que quantas mais dúvidas os jovens da Clareira tinham com o desenvolvimento dos acontecimentos, mas confusa ficava. Há ali muitas peças soltas que provavelmente só são para ser respondidas nos dois próximos volumes, isto se o forem e se houver uma mudança no comportamento do protagonista. Pois aquela sensação que o Thomas pressente como certa e que afinal sabe as coisas, não é lá muito abonatória para simpatizar com ele.

E talvez por isso tenha sido pesarosa a leitura pois o narrador Thomas não me conseguiu atrair para me fosse possível sentir satisfeita e confortável com o pouco que se sabe sobre daquele mundo. Achei-o uma personagem que tanto consegue ser irritante, como enfadonho como presunçoso. Tanto se sente farto dos colegas que ainda mal conhece, como se sente confortável naquele local estranho, como questiona tudo e todos quando afinal ele sabe mais do que aquilo que divulga. Caso estivéssemos constantemente a divagar pelos pensamentos de Thomas o livro seria horrível, e mesmo que ele seja difícil de domesticar na interacção com os outros colegas, são essas mesmas interacções que levantam a moral do livro. 

É difícil entrar na história e só mais ou menos a um quarto do final, isto é quando a rapariga Teresa acorda, é que tudo toma um novo rumo e dinamismo. Há trabalho de grupo e o individualismo deixa de ser uma constante, pois para o bem ou para o mal, eles estão nisto juntos e convém que tentem resolver a situação como grupo, e não uns contra os outros. E foi mesmo este aspecto aliado ao factor mudança de rumo/cenário da história que me fizeram sentir finalmente um frenesim.


Apesar de ter arrastado a leitura, fiz bem dar-lhe tempo e tê-lo conseguido terminar, pois a parte final deixou-me empolgada. Só que não tão entusiasmada assim para conseguir ler o próximo, Maze Runner – Provas de Fogo, num futuro próximo. Tenho de dar tempo ao tempo para me sentir motivada para terminar de vez esta série (isto se a chegar a terminar).
 



Classificação: 3 de 5*




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