Opinião Livro

Cinder, Marissa Meyer

Título Original: Cinder
Autor: Marissa Meyer
Editora: Puffin
Género: Distopia
Série: The Lunar Chronicles #1
Páginas: 387
Ano Publicação: 2012

Sinopse

Cinder, a gifted mechanic in New Beijing, is also a cyborg. She's reviled by her stepmother and blamed for her stepsister's sudden illness. But when her life becomes entwined with the handsome Prince Kai's, she finds herself at the centre of a violent struggle between the desires of an evil queen - and a dangerous temptation.

Demorei a ler este livro e demorei a preparar esta opinião. Não porque o livro me tenha desagradado, mas calhou começar a lê-lo num mês mais imparável e depois fui deixando a arrastar a leitura até tê-lo terminado há já um mês e nunca mais me deu vontade para escrever uma opinião em condições.

Vamos por parte, Cinder é a versão moderna da história da Cinderela. Ela é a pobre coitada que é escrava da madrasta e das duas meias-irmãs. E há Príncipe, só que aqui ele será Imperador. Não se conhecem no baile mas noutras circunstâncias. Ela é convidada pelo próprio príncipe para o baile, sendo este dado, não para encontrar uma rapariga para casar com ele, mas anunciar um noivado forçado.

Só que Cinder é tanto humana como ciborg. E é esta a verdade que tenta a todo o custo esconder, principalmente do príncipe Kai. A vida deles cruza-se quando Kai lhe pede que arranje o seu robot, que contém informações valiosas, e que o podem prejudicar, se a rainha Levana dos Lunares, uma raça da lua, souber o que ele tenta descobrir. 

Entre este encontro e os próximos muitas mais dificuldades vão atravessar ambos. Para Cinder, tentar obter alguma calma e despreocupação com uma doença contagiosa e mortal, é complicado quando esta, não só ameaça toda a população de Pequim, mas a sua meia-irmã preferida Peony. E quando descobre que afinal não pode “apanhar” esta doença mas pode ser a solução para ela, começa a delinear novos objectivos para a sua vida. Já Kai, vive desesperado entre encontrar um resultado para a doença que afecta os seus súditos, assim como, o seu pai. E é neste quadro que descobre que a rainha Levana tem outras intenções para a sua vida de jovem Imperador.

Eu não sou fã da história da Cinderela, mas achei que esta ideia de reescrever os contos de fadas como os conhecemos e juntar-lhe elementos novos e inovadores, cativam imenso e conseguem transmitir um novo olhar positivo para histórias de encantar pouco cativantes. 

Elementos como um ambiente futurista que conta, não só com ciborgs, mas com povos extraterrestres; uma protagonista determinada e corajosa em nada semelhante à Cinderela original, e as diferentes motivações que movem os protagonistas neste retelling.

Apesar de ter achado o início da leitura um pouco monótona, depressa entra noutro ritmo onde as surpresas não param de aparecer. Gostei do que li e senti-me bastante curiosa em relação a várias personagens que foram aparecendo e que espero descobrir mais e melhor nos próprios volumes da série.

Citações: 

“I'm sure I'll feel much more grateful when I find a guy who thinks complex wiring in a girl is a turn-on.”

“Vanity is a factor, but it is more a question of control. It is easier to trick others into perceiving you as beautiful if you can convince yourself you are beautiful. But mirrors have an uncanny way of telling the truth.” 

“Kai cleared his throat. Stood straighter. "I assume you are going to the ball?"
"I-I don't know. I mean, no. No, I'm sorry, I'm not going to the ball."
Kai drew back, confused. "Oh well... but... maybe you would change your mind? Because I am, you know."
"The prince."
"Not bragging," he said quickly. "Just a fact.” 

Classificação: 4 de 5*