Shatter Me, Tahereh Mafi
Título Original: Shatter Me
Autor: Tahereh Mafi
Editora: HaperCollins
Género: Distopia
Série: Shatter Me #1
Páginas: 217
Ano Publicação: 2011
Sinopse
Juliette hasn’t touched anyone in exactly 264 days.
The last time she did, it was an accident, but The Reestablishment locked her up for murder. No one knows why Juliette’s touch is fatal. As long as she doesn’t hurt anyone else, no one really cares. The world is too busy crumbling to pieces to pay attention to a 17-year-old girl. Diseases are destroying the population, food is hard to find, birds don’t fly anymore, and the clouds are the wrong color.
The Reestablishment said their way was the only way to fix things, so they threw Juliette in a cell. Now so many people are dead that the survivors are whispering war – and The Reestablishment has changed its mind. Maybe Juliette is more than a tortured soul stuffed into a poisonous body. Maybe she’s exactly what they need right now.
Juliette has to make a choice: Be a weapon. Or be a warrior.
Mais um mês (Junho) mais uma saga que iniciei juntamente com o grupo do Goodreads para leituras conjuntas de distopias. Sobre esta série já tinha ouvido falar e tinha alguma curiosidade, e fiquei agradavelmente surpresa com a história.
Juliette tem um poder bastante desagradável ou visto por
outro prisma bastante poderoso. Enclausurada numa cela sozinha já há 264 dias, vive
desde pequena habituada a lidar com médicos e experiências à sua condição, e com
o medo que provoca nos pais e nas outras pessoas. Isto até ao dia em que um
rapaz é colocado na mesma cela que ela, só que ele não é um rapaz qualquer: é
alguém do seu passado e actualmente tem um cargo/papel que tem de desempenhar.
A juliette foi uma personagem que conseguiu irritar-me
apesar de ser perceptível a maneira como ela reage a tudo. A autora resolveu
que esta personagem repetisse um pensamento ou desejo constantemente e não
bastando isso repete-o três vezes, o que durante a leitura acaba por saturar.
Contudo parando bem para pensar, faz sentido, pois sendo esta uma personagem
privada de contacto humano seja ele físico ou social, ela tem tendência a ter
uma atitude de uma criança quando algo de bom ou algo que nunca experienciou
acontece. Anda tanto com as hormonas aos saltos que por diversas vezes pensei
que ela ia ficar maluca.
Posto isto, é verdade que a maneira quase poética como a
autora escreve dá uma dinâmica diferente ao livro, pois ela consegue com as
palavras exprimir impecavelmente os sentimentos e as sensações sensoriais que a
protagonista vai vivendo. No início foi-me complicado entender esta maneira
como brinca com as palavras mas depois achei irresistível e bem fundamentado
com tema desta distopia.
Depois vêm os dois rapazes com papéis importantes nesta
história: Adam e Warner. Se um a transporta para o passado e é visto como o
único amigo, o outro provoca-lhe todo o tipo de sensações que não quer deixar transparecer,
como raiva e frustração. Ou desejo, mas esta tensão tanto lhe é provocada por
Adam como por Warner. E é neste aspecto que a Juliette exprime impecavelmente e
até à exaustão a confusão de sentimentos que lhe pautam a mente, mas que a
caminho do fim, já consegue de alguma maneira controlá-los, notando-se uma
ligeira mudança nela. A bem dizer, estes rapazes são os únicos que podem fazer
a diferença na vida dela.
Mas se Adam quer ajudá-la a fugir e protege-la para não
fazer mal a mais ninguém, Warner quer que ela mostre verdadeiramente a sua
pessoa e o seu papel, afinal é uma pena não usufruir de um poder tão incomensurável.
Pouco é discutido sobre a sociedade distópica mas ficamos a saber que ali
ninguém brinca, se é para matar, é para matar. Por isso, no final não podia
deixar de reparar que o conceito de juntar todos os humanos com poderes num
único local e ainda ajudá-los a usá-los fez lembrar e muito o X-Men. Ainda por
cima tinha visto o último filme à pouco tempo e liguei logo a Mystique à
Juliette.
Estes são aqueles que vão tentar lutar contra a sociedade imposta pelo
pai do Warner, assim como, este.
Estou com a curiosidade em pulgas para saber como irá
continuar esta saga, e deixar-me absorver pela poesia das palavras de Tahereh
Mafi, e claro, quero mais do Warner.
Citações:
“I spent my life folded between the pages of books.
In the absence of human relationships I formed bonds with paper characters. I lived love and loss through stories threaded in history; I experienced adolescence by association. My world is one interwoven web of words, stringing limb to limb, bone to sinew, thoughts and images all together. I am a being comprised of letters, a character created by sentences, a figment of imagination formed through fiction.”
“I've been screaming for years and no one has ever heard me.”
In the absence of human relationships I formed bonds with paper characters. I lived love and loss through stories threaded in history; I experienced adolescence by association. My world is one interwoven web of words, stringing limb to limb, bone to sinew, thoughts and images all together. I am a being comprised of letters, a character created by sentences, a figment of imagination formed through fiction.”
“I've been screaming for years and no one has ever heard me.”
“My life is four walls of missed opportunities poured in concrete molds.”
“All I ever wanted was to reach out and touch another human being not just with my hands but with my heart.”
“I always wonder about raindrops.
I wonder about how they're always falling down, tripping over their own feet, breaking their legs and forgetting their parachutes as they tumble right out of the sky toward an uncertain end. It's like someone is emptying their pockets over the earth and doesn't seem to care where the contents fall, doesn't seem to care that the raindrops burst when they hit the ground, that they shatter when they fall to the floor, that people curse the days the drops dare to tap on their doors.
I am a raindrop.
My parents emptied their pockets of me and left me to evaporate on a concrete slab.”
I wonder about how they're always falling down, tripping over their own feet, breaking their legs and forgetting their parachutes as they tumble right out of the sky toward an uncertain end. It's like someone is emptying their pockets over the earth and doesn't seem to care where the contents fall, doesn't seem to care that the raindrops burst when they hit the ground, that they shatter when they fall to the floor, that people curse the days the drops dare to tap on their doors.
I am a raindrop.
Classificação: 4 de 5*
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