Opinião Livro

The Sky is Everywhere, Jandy Nelson



Título Original: The Sky is Everywhere
Autor: Jandy Nelson
Editora: Dial
Género: YA
Páginas: 288
Idioma: Inglês
Ano Publicação: 2010
ISBN: 0803734958

Sinopse

Seventeen-year-old Lennie Walker, bookworm and band geek, plays second clarinet and spends her time tucked safely and happily in the shadow of her fiery older sister, Bailey. But when Bailey dies abruptly, Lennie is catapulted to center stage of her own life - and, despite her nonexistent history with boys, suddenly finds herself struggling to balance two. Toby was Bailey's boyfriend; his grief mirrors Lennie's own. Joe is the new boy in town, a transplant from Paris whose nearly magical grin is matched only by his musical talent. For Lennie, they're the sun and the moon; one boy takes her out of her sorrow, the other comforts her in it. But just like their celestial counterparts, they can't collide without the whole wide world exploding.

This remarkable debut is perfect for fans of Sarah Dessen, Deb Caletti, and Francesca Lia Block. Just as much a celebration of love as it is a portrait of loss, Lennie's struggle to sort her own melody out of the noise around her is always honest, often hilarious, and ultimately unforgettable.




Já tinha há algum tempo este ebook mas ultimamente andava a fugir um bocadinho dos livros digitais e em inglês. Por isso, depois de ler Delirium, decidir continuar no mesmo formato. E apanhei-me numa teia difícil de desligar.

Começo a achar mais do que estranho que todas as obras que falam sobre morte me atraem de uma maneira bizarra. Não quero assustar ninguém ao pensarem que tenha tendências suicidas, não é mesmo esse o caso. Nem mesmo é algo que entenda perfeitamente o que a pessoa está a passar no seu luto, porque graças a Deus nunca o experienciei de maneira tão sofredora. Talvez o que me fascine seja o renascer! Tudo que vem depois de se conseguir lidar finalmente com o que a morte interrompe e separa.

Lennon perde a irmã mais velha aos dezessete anos e há dezesseis que a mãe desapareceu das suas vidas. Vive com a Gram(other) e o Uncle Big e parece agora mais do que nunca difícil conectar com aqueles que foram desde sempre a sua única família. No meio do luto tenta conciliar a escola de música, a paixão pelo clarinete, a sua melhor amiga Sarah, o namorado da irmã Toby e ainda a entrada do novo rapaz na escola, Joe.


A dificuldade de ultrapassar a sua vida sem a sua irmã Bailey torna tudo mais complicado quando o namorado desta ultrapassa uma barreira que devia ser impossível de repassar. Contudo Joe parece ser o anjo da guarda necessário a uma família em que o silêncio da dor enche toda uma casa de alto a baixo. Carinhosamente baptizada por Joe como John Lennon, tem dificuldade em perceber o que vai na sua mente e o que a leva a ter atitudes longe daquelas que teria se ainda fosse a Lennon da Bailey, a irmã mais nova sempre protegida pelo racing horse que era a sua irmã. Mas quando finalmente começa a baixar a guarda entende perfeitamente que ela não era assim tão diferente da irmã e que também consegue ser mais do que aquilo que sempre achara que era. Joe é o rapaz que lhe faz chegar ao coração que tudo é possível e que no meio do pesar, a vida continua e ainda é possível sorrir e ser feliz. Apesar de nessa descoberta certas ousadias sejam demais (até para mim) para quem não vê o luto da mesma maneira.

Não vou dizer que não fiquei um pouco parva quando a senti a balançar entre dois rapazes. É um pouco difícil perceber e acho que só comecei a descansar mais quando alcancei a verdadeira motivação que os atraia para tal. Faz sentido mas não deixou de me fazer comichão. De qualquer das maneiras o verdadeiro amor consegue prevalecer sempre, e nem todos os amores acabam como no livro favorito de Lennon, O Monte dos Vendavais, lido vinte três vezes. Talvez como ela tinha dito o sorriso de Joe tenha qualquer coisa de Heathcliff mas as parecenças acabam aí.


A nossa vida não é como a dos livros, não estamos a ver as passagens à nossa frente, ou pelo menos não o devíamos fazer. E é isto que Lennie descobre que é ela que escreve a sua própria vida, a sua própria história, é actriz principal e que não é nenhuma sombra nem está a ver a vida a passar à sua frente. Ela é o solo, o elemento principal, e tal como o som que sai do clarinete que fá-la conseguir sentir a vida a surgir e como o Joe lhe diz “The sky is everywhere, it begins at your feet.”

Gostei bastante da maneira original que autora transformou a Lennon numa poetisa moderna. Qualquer pedaço de papel amachucado, um ramo de uma árvore, um copo de plástico, etc, tudo servia para que ela escreve-se o que sentia. E foi uma bela forma de gostar ainda mais deste livro.


Citações:


"I wish my shadow would get up and walk beside me."


"You can tell your story any way you damn well please. It’s your solo."


Classificação: 4 de 5*
 

6 comentários:

  1. Quero muito ler este livro.
    Acho que vai ser este ano.. :D
    Beijinhos*

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Lê Chris é muito muito bom :D
      Gostei tanto :)

      Eliminar
  2. Hello!
    Tagueei-te: http://www.youtube.com/watch?v=JSLN_Iqa5Fw&feature=youtu.be :p

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Obrigada minha querida :D
      Vou fazê-la brevemente :)

      Eliminar
    2. Yay! Depois dá-me o link. Perco imensos posts teus :(

      Eliminar
    3. Está bem depois deixo no teu canal ;)
      Devo fazê-lo amanhã ou sábado.

      Eliminar