Opinião Livro

When You Were Here, Daisy Whitney


Título Português: Quando Aqui Estavas
Autora: Daisy Whitney
Editora: Little, Brown
Género: YA
Páginas: 192
Idioma: Inglês
Ano Publicação: 2013

Sinopse

Filled with humor, raw emotion, a strong voice, and a brilliant dog named Sandy Koufax, When You Were Here explores the two most powerful forces known to man-death and love. Daisy Whitney brings her characters to life with a deft touch and resonating authenticity.

Danny's mother lost her five-year battle with cancer three weeks before his graduation-the one day that she was hanging on to see.

Now Danny is left alone, with only his memories, his dog, and his heart-breaking ex-girlfriend for company. He doesn't know how to figure out what to do with her estate, what to say for his Valedictorian speech, let alone how to live or be happy anymore.

When he gets a letter from his mom's property manager in Tokyo, where she had been going for treatment, it shows a side of his mother he never knew. So, with no other sense of direction, Danny travels to Tokyo to connect with his mother's memory and make sense of her final months, which seemed filled with more joy than Danny ever knew. There, among the cherry blossoms, temples, and crowds, and with the help of an almost-but-definitely-not Harajuku girl, he begins to see how it may not have been ancient magic or mystical treatment that kept his mother going. Perhaps, the secret of how to live lies in how she died.




E dava tudo para poder ler outra vez este livro pela primeira vez, tal foi a boa experiência.

Perder tudo. Pelo menos, as pessoas mais importantes da sua vida. O que fica apenas são os bens materiais, e esses, são difíceis de encarar porque relembram que é preciso pensar num futuro sozinho, e são também, a memória das lembranças que ficam de quem já partiu.


Danny Kellerman estava prestes a terminar o liceu, uma altura bastante importante para si, assim como, para a sua mãe, quando a doença leva a melhor sobre esta. Numa altura em que devia de estar a celebrar não consegue deixar de pensar que está completamente sozinho: o pai morreu há alguns anos, agora foi a mãe, a irmã foi viver para a China e a rapariga que lhe roubou o coração, deixou-o sem mais nem menos.

Sem rumo vê-se numa encruzilha entre manter ou não um apartamento em Tóquio, aquele que lhe traz boas recordações dos tempos em que toda a família lá passava férias, ou dos últimos anos da doença da mãe. Sem se sentir ligado emocionalmente a nada resolve partir para o Japão e reconstruir os períodos de tempo que a mãe lá passou sozinha, entre tentando arranjar alternativas para se curar do cancro ou para simplesmente saber apreciar a vida. Com a ajuda de uma nada Harakuju girl, ele vai conhecer os verdadeiros “segredos” da mãe assim como o motivo por que a ex-namorada Holland o deixou.


Foi realmente uma boa surpresa este livro, apesar de ser uma personagem que perde as pessoas mais importantes da sua vida numa altura que ainda existia tanto caminho para percorrerem juntos, o Danny acaba por ser uma lufada de ar fresco ao tentar percorrer um caminho que o leve de encontro às boas recordações da mãe, assim como, do pai. Antes de ser um livro carregado de luto, é um livro de explorar as boas opcções que qualquer indivíduo faz na sua vida, mesmo que essa vida possa estar por um fio. 
Para além das perucas mais coloridas, das flores lilases ou chá reconfortantes, há que entender que são as pequenas coisas na vida que fazem sentido. Por isso, há que saber perdoar, lutar por quem amamos e, acima de tudo, saber lutar por nós próprios.

Muito bom ler algo assim na perspectiva de um rapaz. Não só porque transporta muito do que os homens não dizem ou sentem quando morre alguém extremamente importante nas suas vidas, mas também por ser capaz de transformar o luto em esperança, em coragem, em aceitação. A vida nem sempre corre de feição porém só temos de saber lidar com as circunstâncias.
 
Citações:

“Why am I doing this? Because it feels so good to talk like we used to, even though I know this is just a shadow of what we had. But I chase it anyway.”  

“Because this is what I believe - that second chances are stronger than secrets. You can let secrets go. But a second chance? You don't let that pass you by.”

Classificação: 4,5 de 5*
 
 


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