Opinião Livro

Angelfall, Susan Ee




Título Original: Angelfall
Autor: Susan Ee
Editora: Feral Dream
Género: Distopia
Série: Penryn & the End of Days #1
Páginas: 283
Idioma: Inglês
Ano Publicação: 2011

Sinopse

It's been six weeks since angels of the apocalypse descended to demolish the modern world. Street gangs rule the day while fear and superstition rule the night. When warrior angels fly away with a helpless little girl, her seventeen-year-old sister Penryn will do anything to get her back.

Anything, including making a deal with an enemy angel.

Raffe is a warrior who lies broken and wingless on the street. After eons of fighting his own battles, he finds himself being rescued from a desperate situation by a half-starved teenage girl.

Traveling through a dark and twisted Northern California, they have only each other to rely on for survival. Together, they journey toward the angels' stronghold in San Francisco where she'll risk everything to rescue her sister and he'll put himself at the mercy of his greatest enemies for the chance to be made whole again.





Mais uma participação na leitura conjunta do grupo do Goodreads calhou como 2º leitura esta distopia. Foi graças à sugestão no grupo que fiquei a conhecer este livro e ainda bem que decidi lê-lo porque fiquei agradavelmente surpresa com ele e sem ela nunca pensaria lê-lo.

Em 6 semanas o mundo foi atacado por anjos que destruíram tudo o que estava ao seu alcance e em pouco tempo tudo se tornou num campo de batalha, tanto pela destruição presente como pela luta pela sobrevivência. A falta de alimentos e o receio de permanecer em casa levam à falta de confiança em quem quer que se atravesse no caminho. O medo está bem presente na vida de todos os humanos.

É aqui que surge Penryn que tenta fugir para conseguir proteger a irmã incapacitada numa cadeira de rodas e a mãe esquizofrénica. Contudo ao fazê-lo corre o risco de ser apanhada por anjos, mas quando eles aparecem não é por elas que vêm, mas para acabarem com a vida de um outro anjo de penas brancas. Não conseguindo resistir tenta ajudá-lo mas como “paga” a irmã é capturada e levada por eles. E já deu para perceber que estes anjos não são bondosos mas antes impiedosos até com os seus. E Penryn mesmo sabendo que foram eles os provocadores do apocalipse tenta cuidar dos ferimentos de Raffe, mas com um único fim em mente. Ele terá de a ajudar a levá-la até ao covil deles e assim conseguir resgatar a irmã. O que não esperava é que ele fosse um doente diferente.


Sobre a Penryn posso afirmar que é das melhores protagonista que já li deste género. É destemida, inteligente, focada, tenaz e bastante teimosa. Curiosamente é a sua teimosia que a leva a situações de perigo porém são situações que mesmo não detendo o controlo absoluto consegue desenrascar-se muito bem. Nunca a senti demasiado balançada porque o objectivo de salvar a irmã Paige estava demasiado presente no seu espírito. Mas se antes era só isso que a motivava, Raffe também começa a ser uma das suas preocupações. O facto de ele acompanhá-la nesta jornada, finalmente não se sente sozinha e com o peso mundo todo em cima dos seus ombros. Mesmo que ele seja distante consegue permanecer bastante próximo e ajudá-la.



A interacção entre estes dois protagonistas é muito boa. Mas achei que Raffe muitas vezes era mordaz com os comentários que fazia. Não sei se o objectivo era que ao dizer a verdade é sempre melhor do que andar com rodeios ou se é uma suposta característica dos anjos. Como a frieza também era uma característica dele, aponto mais para a última alternativa. Não ficamos a saber muito sobre ele nem sobre o mundo dos anjos, tudo o que obtemos é pelo prisma da Penryn. Só que ele é o Arcanjo Rafael, o “Deus cura”, aquele que foi enviado por Deus para salvar em Seu nome. Portanto só posso extrair daqui que nos próximos livros ele poderá ser o salvador da humanidade. Podia dizer mais sobre esta relação mas o melhor que tenho a fazer é só dizer que há cumplicidade e química, apesar desta não se alongar mais em desenvolvimentos, apenas num beijo.


O livro apesar de retratar um mundo virado ao contrário, consegue ter momentos de humor e criar entusiasmo para saber como o próximo capítulo vai terminar, e isto acontece até ao final. O fim não foi muito do meu agrado porque gostava que a Penryn tivesse ficado na dúvida ao que acontece realmente ao Raffe, acho que traria mais emoção à trama. Também fica implícito que em questões de sobrevivência somos capazes de tudo. Significa que nesta questão apesar de sermos humanos podemos ter atitudes desumanas, somos imperfeitos e erramos. Tudo por uma meta muitas vezes maior do que nós. Contudo o facto de se poder alcançar um bom fim é demasiado apetitoso para se desperdiçar esse objectivo.


Já este mês vou ler o World After, o 2º de 5º livros que ainda estão por publicar. Estou ansiosa por saber como isto vai terminar mas com receio que também comece a descambar. Mas sendo este o primeiro livro de Susan Ee só lhe posso dar os meus parabéns porque é realmente uma história entusiasmante.

Citações:


“Sometimes, as we’re stumbling along in the dark, we hit something good.”


“Why didn’t you run like I told you?” He whispers against my hair. “I knew from the start that your loyalty would get you killed. I just never thought it would be your loyalty to me that would do it.”



Classificação: 5 de 5*
 
 
 

  



 

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