Opinião Filme

Drinking Buddies







Título Original: Drinking Buddies
Realizador: Joe Swanberg
Elenco: Olivia Wilde, Jake Johnson, Anna Kendrick, Ron Livingston
Género: Comédia, Romance
Ano Estreia: 2013
Classificação IMDb: 6,2









Este filme é mais do que bebedeiras e afogar as mágoas ou as felicidades na cerveja, é o celebrar o que bom a vida tem para nos oferecer, a amizade. Mesmo para quem seja tresloucada como a Kate (Olivia Wilde) um ombro amigo é sempre bem-vindo, e Luke (Jake Johnson) tem esse papel, apesar de ter uma namorada do género certinha direitinha, Jill (Anna Kendrick). Kate e Luke trabalham numa cervejaria e têm um relacionamento particularmente interessante, apesar de ambos serem comprometidos. Mas o que nos mostra este filme é que aquilo que parece nem sempre é: a pessoa mais certinha é no fundo a menos santa, por assim dizer, e as mais vivazes são aquelas que tem a cabeça no lugar e têm consciência da realidade. 
Eu durante o visionamento deixei-me iludir pelos comportamentos e pelas aparências mas entrei pelo caminho errado.




É um filme mais inteligente do que à primeira vista se dá a entender. Digo isto porquê? Porque mostra a possibilidade de qualquer humano ter uma relação de amizade com uma pessoa do sexo oposto sem ter necessariamente de se apaixonar ou ter algo físico. Enquanto assistia pensava que os dois colegas de trabalho se iam envolver. As trocas de olhares, o carinho, a preocupação e a maneira descontraída como se relacionavam, podiam indicar isso mesmo. Mas a verdade é que isso não aconteceu, e agora vejo que o objectivo do filme, foi mostrar que mesmo existindo esse à vontade com alguém, não significa que queiramos alguma coisa com essa pessoa. Muitos de nós podemos nos questionar se é possível ou não existir essa relação? Eu acredito que sim. Mas por que é que não acreditei no filme? Porque eles aparentavam que existia uma atracção, mas agora o que me faz pensar, é que todos nós quando nos relacionamos bem com amigos, seja do sexo masculino ou feminino, tem de existir uma certa química. Ou seja, os amigos que tenho ou faço só o são porque há algo que me atrai neles. Atrai no sentido que têm uma personalidade que coincide ou que não colide com a minha. 
Por isso parabéns ao filme por mostrar que há possibilidade de nos darmos muito bem com alguém sem existir envolvimentos.



Dá um prisma da vida de muitos jovens adultos em fase de construção da sua vida. Seja em Portugal ou nos EUA, os dilemas abarcam todos aqueles que pretendem crescer e ter uma vida estável: emprego, casamento, fanfarronice e uma vida em o conto de fadas não entra, são aspecto comuns a toda esta panóplia de pessoas. E foi por não entrar no caminho da vida é bela mas mostrar tal e qual a vida real que merece o devido destaque.

 


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