Opinião Livro

Tempo para Amar, Danielle Steel


Título Original: Season of Passion
Autor: Danielle Steel
Editora: Bertrand Editora
Género: Romance
Colecção: 11x17
Páginas: 494
Ano Publicação PT: 2009
ISBN: 9789722518451

Sinopse

Kate tinha apenas dezoito anos quando conheceu Tom Harper, uma grande estrela do futebol americano. O amor entre eles foi fulminante e começaram a viver uma idílica história de amor. Infelizmente os pais de Kate — pertencentes à alta burguesia — não aprovam o romance da filha, e quando ela insiste em continuar o namoro expulsam-na de casa.
Tom tudo faz para que ela esqueça a crueldade dos pais, e Kate começa a viver num mundo glamuroso, de luxo e de fama. Tudo corria bem até que a carreira de Tom começa a declinar e ele tenta suicidar-se. O suicídio não é bem-sucedido e como consequência disso, Tom fica paralisado e com a mentalidade de uma criança de sete anos. Grávida e com o marido deficiente Kate sente o seu mundo a desmoronar e todos os seus sonhos destruídos.
Refugia-se no campo com o filho, enquanto o marido é internado numa casa de saúde. Para tentar exorcizar os seus fantasmas, Kate dedica-se à escrita. Graças ao sucesso alcançado pelo livro, Kate é persuadida a empreender uma viagem de promoção, mas será ela capaz de sair do seu isolamento e aceitar de novo o amor que surge na sua vida?


Primeiro que tudo quero agradecer a recomendação da Silvana para ler Danielle Steel. Como tinha um livro dela em casa resolvi avançar para a sua leitura. E não desgostei completamente dele mas houve certos momentos que me deixaram profundamente irritada, e só não o odiei porque conseguiu aguentar-se num registo dentro do agradável.



Uma jovem mulher abandona os estudos e a família por um jogador profissional. Mas quando a carreira começa a entrar em declínio Tom perde o controlo e tem uma atitude irracional. Quem perde com isto tudo é Kate Harper a mulher que terá novamente que abandonar a cidade que a viu crescer para fugir ao assédio em volta do caso do marido. Internado numa casa para doentes, Tom é apenas um rapazinho num corpo de homem, não tendo o cérebro mais do que 6/7 anos. Kate tenta aguentar sozinha a gravidez e os encontros com aquele que já foi tudo para si. Quando o filho Tyggee cresce numa pequena vila com a mãe não sabe que esta esconde o segredo que o pai está vivo. Mas quando começa a colher frutos com a carreira de escritora, apesar de querer odiar o mundo da publicidade, volta a sentir-se mulher, reputada e novamente amada quando conhece Nicholas. Só que…

A verdade é que houve aspectos significativos que me fizeram revirar os olhos, quando vemos uma personagem a dar o litro por outra e essa outra passa a comportar-se à diva, para mim deixa de ter lugar cativo no meu coração. Pode existir uma grande parte da história que não fez com que se desmoronasse o meu gosto pelo livro. E sinceramente se não fosse a introdução da personagem Nick e a sua visão perante a vida teria mesmo detestado. Ele que não era pai da criança e não tinha nenhuma obrigatoriedade para com ela, tinha mais pensar que a própria mãe. E simplesmente isso não dá, até posso entender os motivos de Kate em querer lutar pela carreira, mas para quem inicialmente se estava a marimbar para isso, é duvidosa a atitude de deixar o filho num momento tão frágil. Ainda pensei que o Nick quando reagia assim tivesse algum passado de abandono mas não houve qualquer explicação nesse sentido. Contudo se gostei da visão dele perante aquelas situações que focavam o filho dela, não gostei nada que fosse ele a pedir desculpas e quase a lamber-lhe as botas, quando no fundo quem estava errada era Kate. Fico profundamente irritada quando as pessoas reagem como se não tivessem culpa nenhuma e é a outra parte a ter de fazer esse papel. E claro o facto de independentemente do estado em que estava o pai, acho que qualquer filho daria tudo nem que seja para ver uma única vez o pai. Porque pai há só um, e a obstinação de Kate em achar que isso só ia prejudicar o filho, foi de um egoísmo cruel. 

À parte destes pormenores, o livro faz-nos pensar que há sempre tempo para tudo, que a nossa vida pode ter uma reviravolta impressionante apesar dos maus momentos que passamos. Basta deixar-nos levar e confiar que vamos conseguir lutar por algo diferente. Sair da zona de conforto deve ser das coisas mais difíceis de fazer mas a partir do momento que a barreira está transposta mais facilmente se consegue ganhar coragem para novos voos. 

Espero continuar a ler Danielle Steel mas receio que tenha mesmo de pegar num livro bem bom para que não me faça desistir desta autora tão amada por tantas pessoas. Apesar de gostar do ritmo em que decorre a acção não gostei tanto das reviravoltas repentinas que apenas serviram como pretexto para haver conflito na relação amorosa.

Classificação: 3 de 5*


11 comentários:

  1. Tenho pena de não teres gostado da mesma forma que eu gostei.
    Concordo com a tua análise acerca das personagens, mas é por isso que podemos dizer que estão bem construídas, mostram que as pessoas por vezes, nas situações que menos esperamos mudam...
    Para mim, não é o melhor livro de Danielle Steel. Aqueles que eu mais gostei até agora foram: Um longo caminho para casa, Mensagem do Vietname e A mansão Thurstone (penso que é assim que se escreve).
    Bjs

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    1. Mas continuo com vontade de ler mais dela e vou apostar nesses que mencionaste, mas neste a Kate irritou-me tanto. A verdade é que tudo o que seja com criança me mete confusão e ela ter aquela atitude foi demais :/
      Obrigada na mesma pelas recomendações :D

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    2. Eu compreendo essa tua irritação com a Kate :).
      Espero que gostes mais dos próximos...
      De nada :)
      Beijinhos

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    3. Também eu :)
      Até porque é uma autora que tenho mesmo curiosidade em conhecer mais apesar deste deslize. Assim como a Lesley Pearse

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    4. A Lesley é outra que é melhor nem entrar em discussão... Sou mega fã!!! Mas na nova rubrica do blog vais conhecer melhor a minha relação com determinados autores. Para retomares a Lesley pega no Procuro-te... Não tem uma narrativa tão parada...

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    5. Gostei, acho muito bem defende uma das tuas autoras preferidas!!LOL
      Eu quero mesmo tentar acabar o "nunca me esqueças" mas aceito outras alternativas.
      Também tenho o "segue o coração"

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    6. Eu não disse esse, porque o livro é grande e não queria que te sentisses intimidada.
      Mas esse é, simplesmente, o meu livro preferido da Lesley. Vá esta a par com o Sonhos Proibidos (para já, porque quero ver o que a autora fez na continuação). É lindo!!!

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    7. Ai Silvana estás-me a tentar novamente :P
      Mas de qualquer das maneiras tenho de o ler no inverno porque é indiscutivelmente um livro bom para ler durante a noite fora à lareira.

      Lá está ler um que não nos deixe muito convencidas não é motivo para riscar os autores :D

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    8. Tens toda a razão!! Não podemos "assassinar" o autor só porque não gostamos muito de um livro, podemos estar a perder bons livros...
      Só me resta mesmo esperar que gostes :).

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    9. Vou fazê-lo então :D
      Lá para Fevereiro ou Março.
      Obrigada por mais uma recomendação

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