Opinião Filme

What Maisie Knew






Título Original: What Maisie Knew
Realizador: Scott McGehee e David Siegel
Elenco: Julianne Moore, Alexander Skarsgard, Steve Coogan, Joanna Vanderham e Onata Aprile
Género: Drama
Ano Estreia: 2013
Classificação IMDb: 7,4









Pelos olhos da pequena Maisie (Onata Aprile) vamos descobrindo como é a vida de uma criança rodeada por pais irresponsáveis que decidem separar-se.

Quando o divórcio é declarado, a guarda de Maisie, é entrege ao pai Beale (Steve Coogan), um galerista. Só que cedo percebe que não pode cuidar da filha sozinho, e assim a ajudar preciosa de Margo (Joanna Vanderham), que já era a ama de Maisie, faz toda a diferença. Um casamento é apenas mais um casamento, e a conveniência deste aparentemente deixa ambas as partes satisfeitas. Só que a mãe Susanna (Julianne Moore), uma cantora de Rock, não aceita completamente a decisão do tribunal nem esta reviravolta com a ama. E de repente, também ela casa com um barman, Lincoln (Alexander Skarsgård), e Maisie passa assim a ter convivência com os novos parceiros dos progenitores. Só que depressa os verdadeiros pais descuram as suas obrigações para com a menina e são os “novos” pais que lhe dão a atenção merecida.


O que eu retiro deste filme é que para algumas pessoas ter filhos não é sinonimo de responsabilidade e muito menos de algo inato. O egoísmo, o egocentrismo e a negligencia não deviam ser defeitos presentes nos pais. Uma criança quando vem ao mundo não devia sentir-se desamparada e nem devia amparar e encobrir os erros de quem lhes dá a vida. O jeito que dá em “arranjar” um(a) novo(a) companheiro(a) para que desta forma as responsabilidades parentais sejam atribuídas ao outro parceiro, a pessoa que no fundo não tem que assumir o papel total de progenitor. Maisie é apenas mais um criança apanhada no efeito colateral do divórcio de pais já ausentes e pouco preocupados com o bem-estar desta. Pais que vivem desfocados da realidade em que a filha vive e com quem vive e convive. São precisos os “novos” progenitores para nascer assim uma nova família que a criança escolhe em detrimento da sua verdadeira. Pois todos nós buscamos o amor, e se ele nos é dado pelas pessoas mais improváveis, porquê rejeitá-lo quando somos rejeitados pelos que nos deviam amar incondicionalmente.


Adorei a interpretação da pequena Onata Aprile, o filme vive muito desta personagem porque é através da sua perspectiva que visionamos o enredo e esta pequena actriz sob estar à altura. Com um elenco fantástico que prima pelas interpretações e pela boa realização que fazem com que este filme consiga tocar o coração até da pessoa mais insensível. Fiquei igualmente surpresa ao saber que se trata de uma adaptação contemporânea da obra de Henry James, de 1897. Apesar da época em que foi escrito, contém temas bem actuais como o divórcio e as relações.Aconselho.

2 comentários:

  1. Não conhecia mas achei muito interessante. Já adicionei à minha watchlist:) Beijos

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