Música Portuguesa

Porque o que é Português também é bom - Parte I


Hoje resolvi dar destaque aos artistas nacionais, sejam os que cantam em inglês ou na língua de Camões, o que importa é divulgar a boa música que se tem vindo a fazer nos últimos anos.



 
Ana Moura é uma das artistas portuguesas mais conceituadas tanto no panorama português como internacional. Já com 5 álbuns de estúdio editados, é do último Desfado que é retirada esta música homónima. Com concertos um pouco todo o lado, como na Bélgica ou na Suécia, é ainda  possível  vê-la por cá já este domingo, 28 de julho, nas Festas do Bodo, Pombal.

 
As canções pop com sintetizadores que caracterizam o disco homónimo dos Ultraleve, de Nuno Figueiredo e Bruno Vasconcelos, sugerem um distanciamento dos sons das suas bandas originais - Virgem Suta e Os Pinto Ferreira. O que começou como uma ideia, acabou numa nova banda e em canções orelhudas onde a mais emblemática é esta. Depois de vários showcases em Fnac por todo o país e da actuação no Festival Meo Marés Vivas, não se conhecem mais espectáculos.

 
Apontado como uma das maiores referências portuguesas do reggae, este jovem conta já com dois álbuns editados. Tendo já feito parte da tour europeia do jamaicano Anthony B, o seu trabalho tem-se afirmado a nível internacional. Este verão é possível acompanhá-lo em alguns concertos por cá, como no Festival Meo Sudoeste ou hoje na Expofacic, em Cantanhede.

                                       
Com influências pop/soul/blues e com apenas 4 anos de carreira, Áurea tem conseguido afirma-se no panorama musical nacional. Desde influências a Aretha Franklin ou a Joss Stone, esta jovem alentejana veio para ficar. Dia 27 julho actua no Festival Livre Trânsito no Mar Shopping, Gaia, e no dia 30 de Agosto, no Festival do Crato, em Portalegre.

 
A banda do Porto tornou-se mais notória depois das músicas "Quem és Tu Miúda" ou "Anda Comigo Ver os Aviões" terem tido grande aceitação por parte do público. Com já 10 anos de existência, o 4º álbum, AZ, foi editado recentemente de onde é retirada esta canção. Em novembro actuam nos Coliseus mas esta sexta é possível vê-los nas Festas do Bodo, em Pombal.

Composta por elementos dos mais variados ramos profissionais, mas o nome que salta à vista é o de Miguel Ribeiro, jornalista e pivô da SIC. Começaram em 2011 como banda de garagem mas depressa decidiram dar-se a conhecer. Actuaram recentemente no Festival Meo Marés Vivas, em Gaia.

A banda indie-rock portuguesa tem-se mantido livre de editoras, por isso, ambos os álbuns de longa-duração “Hora Extraordinária” (2011) e "Quadro" (2012) foram gravados e produzidos dispondo apenas dos meios dos próprios elementos. Esta "Cascatas" é já o 2º single retirado do último disco. No passado dia 18 actuaram no SBSR no palco Antena3 @ Meco mas a 2 de Agosto é possível vê-los no Centro Cultural e Congressos das Caldas da Rainha.

 
Como filho de peixe sabe nadar, este rapaz de 25 anos, filho do cantor Paulo de Carvalho e da actriz Helena Isabel, começou desde novo a gravar as próprias músicas. Em 2010 lançou o 1º disco "Agir", que esgotou rapidamente em algumas lojas, e em 2013 dá a conhecer o EP "Alma Gémea". Ainda não se conhecem actuações.

Já com uma longa carreira no panorama do hip hop nacional, Boss AC tem conseguido vingar como um dos grandes no género que representa. Já conta no repertório com 5 álbuns de originais e com várias participações no trabalho de outros artistas. Compôs ainda para o cinema e tv, mas foi com temas como "Baza, Baza (Hoje não quero saber)" ou "Hip-Hop (Sou eu e és tu)" que lhe conferiram o estilo inconfundível. Antes de passar pelo Luxemburgo, pode ser visto amanhã em Avis, na Feira Franca.

Este português que toca em formato one man band é um dos mais promissores talentos nacionais. Apesar dos diferentes tipos de sonoridades que apresenta, a sua música enquadra-se mais dentro dos blues/folk. Em 2011 "Family Tree" é editado, e enquanto não lança o 2º álbum de originais vai-se dedicando aos concertos onde apresenta algumas músicas novas. Depois de concertos na Alemanha prepara-se agora para alguns por cá, a 28 julho, na Arrifana Sunset Fest, em Arrifana e a 9 Agosto, no Festival Meo Sudoeste.



Série

Série


How I Met Your Mother


Não deve haver nenhum vídeo que reflicta tão bem os sentimentos de todos aqueles que deixaram de ver a série ou os que ainda continuam, mas a custo. 
Esta é a revolta dos filhos, passados os 8 anos, da história que nunca mais tem fim.





Filme

Os Jogos da Fome: Em Chamas





Aqui fica o vídeo da passagem de alguns elementos do elenco na Comic-Con, em San Diego, este sábado. Só faltou mesmo o Sam Claflin.


                              


E o bombom que eles ofereceram, o segundo trailer do filme. E diga-se de passagem, está bastante apelativo, e para agrado de muitas pessoas, há uma miragem do Finnick.


                                      

Filmes

Os Jogos da Fome: Em Chamas

 


Acabaram de sair os novos posters individuais do Quarter Quell. Jennifer Lawrence (Katniss), Josh Hutcherson (Peeta), Sam Claflin (Finnick), Lynn Cohen (Mags), Stephanie Leigh Schlund (Cashmere), Alan Ritchson (Gloss), Bruno Gunn (Brutus), Meta Golding (Enobaria), Amanda Plummer (Wiress), Jeffrey Wright (Beetee) e Jena Malone (Johanna).

O filme estreia por cá a 28 de Novembro de 2013, mas antes no sábado 20 de Julho, parte do elenco, vão passar pela Comic-Con e existe uma possibilidade de ser apresentado um novo trailer.





Filme

A Maldição de Chucky


Este boneco marcou de tal maneira a minha infância que nunca mais o consegui esquecer, pois provavelmente foi, o primeiro filme de terror que vi. 
E parece que está de volta pois ainda este ano vai sair em DVD com nova história, onde aterroriza uma família e os vizinhos.
"Hey do you wanna play?"


Opinião Livro

Grita, Laurie Halse Anderson



Título Original: Speak
Autor: Laurie Halse Anderson
Editora: ASA
Páginas: 176
ISBN: 9789892316833


 Sinopse



"Desperdicei as últimas semanas de agosto a ver desenhos animados da treta. Não fui ao centro comercial, ao lago, à piscina, nem atendi chamadas. Entrei na escola secundária com o cabelo errado, a roupa errada, o feitio errado. E não tenho ninguém sentado a meu lado."

Melinda Sordino é a pessoa mais odiada do Liceu de Merryweather. No final do verão chamou a polícia, acabando com uma festa e colocando em sarilhos alguns dos finalistas mais populares da escola. Mas Melinda tem um segredo que guarda bem fundo, dentro de si, e que não pode contar a ninguém. Mas Melinda está a ser corroída pelo que aconteceu, e o mundo de reclusão que construiu para si ameaça ruir a qualquer momento.


Para quem não conhece a escrita de Laurie Halse Anderson possivelmente não faz ideia dos temas que aborda. Eu desconhecia e quando iniciei a leitura de Grita andei um pouco à deriva até que comecei a perceber que algo de muito mau teria de ter acontecido à personagem principal, Melinda Sordino. Assim que entramos na história não é difícil descodificar o que terá originado a mudança de postura da Mel.

Ao iniciar o ano lectivo, a Melinda começa por descrever a jornada das suas semanas. Faz descrições das aulas, da maneira de ser dos professores assim como a dos pais, e como as suas ex-amigas e uma nova amizade a tratam. Mesmo no 9º ano, são várias as referências aos grupos que se formam nas escolas americanas, e que à partida, todos os alunos têm de estar inseridos num grupo.


A abordagem deste livro é simples. Entrar na cabeça de uma adolescente e desconstruir todos os pensamentos que lhe vão surgindo, mas não é simplesmente retratar o dia-a-dia, pois acho que isso é fácil. É dar destaque à maneira como uma rapariga resolve controlar um problema grave. O isolamento, a falta de confiança nas pessoas, o medo, a falta de apoio e o tentar ignorar o problema são os novos problemas que despoletam na Melinda. Para lidar com a dor a maneira mais eficaz é deixar de falar, apenas tem vontade de gritar em algumas alturas e achei interessante quando entra dentro do armário e agarra na roupa para abafar o som do grito. Isto sim, é desespero. Ou utilizar a dispensa da escola para colocar todos os trabalhos que vai realizando na aula de artes. Acho que se não fosse o professor de artes a insistir no projecto, a Melinda não teria conseguido chegar ao ponto em que acabou o livro. Foi única pessoa que sempre insistiu para que falasse, já que o papel dos pais nesse âmbito, foi inexistente.


E ao ler este livro fiquei ainda mais com a noção de que os pais não têm a percepção real de que os filhos sofrem, muitas vezes. Acho que quando alguém mal fala, começa a baixar as notas (e tinha boas notas) e deixa de ter a vida social que tinha até então é porque realmente alguma coisa se passa. Ninguem o deixa de fazer só porque lhe apetece, tem de haver uma causa-efeito para o sucedido. E a maneira como a autora descreveu os pais da Melinda não podiam encaixar mais neste perfil.


O livro desperta várias emoções no leitor, pois é difícil ficar indiferente. Quando se nota claramente que uma pessoa está deprimida e tudo em volta permanece igual e não há qualquer atitude de compaixão, é difícil ignorar. Já diz o ditado “pior cego é aquele que não quer ver,” e isso traduz em plenitude este livro. O silêncio gritante de ajuda da Melinda é o de muitas pessoas por este mundo fora. Só vemos aquilo que queremos ver, mas quando a desgraça nos bate à porta todos queremos apoio. É revoltante perceber que entenderam que ela ao telefonar para a polícia queria estragar a festa, mas nunca ninguém tentou perceber junto dela o real significado daquela atitude. Este livro reflecte que o nosso mundo vive bem cego!


Acrescentar que o filme já foi adaptado ao cinema em 2004. Estou curiosa em relação a ele, só tenho pena é que é protagonizado pela Kristen Stewart.


Citações:

"O objectivo de não falar sobre isso, de calar a recordação, é fazê-la desaparecer. Mas não. Vou precisar de ser operada ao cérebro para arrancá-la de lá."

"Quando as pessoas não se exprimem, morrem um bocadinho de cada vez. Ficarias chocada se soubesses quantos adultos já andam mortos por dentro."

Classificação: 4 de 5*