Opinião Livro

The Perks of Being a Wallflower, Stephen Chbosky

Título Original: The Perks of Being a Wallflower
Autor: Stephen Chbosky
Editora: SIMON & SCHUSTER LTD
Páginas: 244
ISBN: 9781471116148
Idioma: Inglês 

Sinopse

Charlie is a freshman. And while he's not the biggest geek in the school, he is by no means popular. Shy, introspective, intelligent beyond his years yet socially awkward, he is a wallflower, caught between trying to live his life and trying to run from it. Charlie is attempting to navigate his way through uncharted territory: the world of first dates and mixed tapes, family dramas and new friends; the world of sex, drugs, and The Rocky Horror Picture Show, when all one requires is that perfect song on that perfect drive to feel infinite. But Charlie can't stay on the sideline forever. Standing on the fringes of life offers a unique perspective. But there comes a time to see what it looks like from the dance floor. The Perks of Being a Wallflower is a deeply affecting coming-of-age story that will spirit you back to those wild and poignant roller-coaster days known as growing up.

The Perks of Being a Wallflower (As Vantagens de Ser Invisível) captou a minha atenção depois do burburinho causado pelo filme que estreou no ano passado. Por isso, eu vi primeiro o filme e só depois decidir ler o livro.

Escrito em formato de cartas Charlie narra-nos a viagem da “descoberta” da sua vida. Reticente com o início da entrada para o secundário e as expectativas que isso acarreta, Charlie decide enviar cartas a um desconhecido a relatar um ano da sua vida, o ano lectivo de 1991/92. Charlie é o típico rapaz que nós vemos nos filmes americanos de adolescentes que na escola não pertence ao grupo dos populares, mas ao grupo dos indiferentes. Mas é lá que conhece Sam e Patrick. E assim cresce uma relação de amizade. Sam é ponderada e querida, Patrick é extrovertido e engraçado. Este descreve Charlie como um wallflower, ou seja, “you see things. You keep quiet about them. And you understand.” E acaba por não mudar muita coisa neste aspecto com a continuação desta amizade. O poder de observação e de introspecção, a sua inocência e o de estar presente em qualquer situação para os amigos continua presente. Mas é essa convivência que fá-lo experienciar e viver a vida. E entender tanto a sua própria vida como a dos outros.

É um livro rico em temáticas, focando não só as próprias da adolescência mas outras mais pesadas. A relação entre irmãos, o primeiro amor, a homossexualidade, os abusos sexuais, a morte de um ente querido, o suicido de um amigo, a violência doméstica, o aborto, as drogas ou os problemas psicológicos são retratados pelas diversas personagens da história.

Apesar de me interessar bastante estas temáticas, acho que se não tivesse visto o filme primeiro teria ficado um pouco confusa. Porquê?! Porque para quem era “invisível” muita coisa acontece apenas num ano. Eu sei que a vida de quem está ao redor dele também avança mas acaba por ser um pouco demais. E como o Charlie tem uma linguagem de pura inocência em relação a tudo, acabou por me irritar um pouco. Mas gostei das referências aos livros que vão sendo dados a conhecer a Charlie pelo professor Bill. To Kill a Mockingbird de Harper Lee, Hamlet de William Shakespeare ou The Great Gatsby de F. Scott Fitzgerald são alguns exemplos. Ou a música dos anos 90 ao mencionar os U2, The Smith ou Smashing Pumpkins. 


Foi por isso uma leitura simples e boa, que apesar do excesso das problemáticas, reflecte algumas lições. No final dá-nos a noção que não importa o que nos aconteça, a nossa vida como a dos outros, nunca pára. Como diz no livro, mesmo que alguém esteja pior do que nós, isso não muda o facto de a nossa vida continuar e mudar. Não podemos alcançar os mesmos tempos que os outros porque, simplesmente, cada um de nós tem o seu próprio tempo e a sua própria vida. Se doer a barriga ao vizinho, não tem de doer a minha! Mas podemos perceber que a vida pode melhorar.

Citações: 


“We accept the love we think we deserve.”

“And in that moment, I swear we were infinite.” 

“So, I guess we are who we are for a lot of reasons. And maybe we'll never know most of them. But even if we don't have the power to choose where we come from, we can still choose where we go from there. We can still do things. And we can try to feel okay about them.”

Classificação: 4 de 5* 





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