Opinião Livro

Dei-te o Melhor de Mim, Nicholas Sparks



Título Original: The Best of Me
Autor: Nicholas Sparks
Editora: Editorial Presença
Género: Romance Contemporâneo
Páginas: 304
Ano Publicação PT: 2011

Sinopse

Este novo e aclamado romance de Nicholas Sparks conta a história emocionante de Amanda e Dawson, dois adolescentes envolvidos na mágica experiência do primeiro amor. Contudo, sob a pressão familiar e social, são obrigados a seguir vidas distintas. Somente vinte e cinco anos mais tarde voltam a encontrar-se, por altura da morte do único homem que tinha protegido o jovem casal apaixonado. E se para ambos o amor de outrora se revela intacto, confrontam-se inevitavelmente com as escolhas feitas e os compromissos assumidos. Qual então o sentido daquele encontro, se nada podia mudar o passado?



Gosto bastante dos livros do Nicholas Sparks, contudo preciso de os ler com algum tempo de intervalo, pois a verdade é que a sua fórmula começa a estar gasta. E este livro tinha um elemento cativante: dois ex-namorados que se reencontram. Só que este grande factor não serviu para apelar às minhas emoções.


Há pessoas que nos marcam, e para Dawson e Amanda, o amor que viveram quando eram adolescentes ainda permanece gravados nas suas memórias. Dawson apesar de ter escapado da sua terra natal e vivido numa plataforma petrolífera, nunca pensou em ter outra mulher, enquanto Amanda construiu família. Quando um velho conhecido de ambos morre voltam a reencontrarem-se passados 20 anos.


Podem passar anos que não vemos pessoas que conhecemos, contudo existem algumas que passam pela nossa vida e que quando as reencontramos, essa passagem do tempo é rapidamente esquecida, pois parece que tudo continuou igual. São pessoas que deixam a sua marca e intensificam a amizade e o amor. Também é importante destacar que independentemente do rumo separado que tomamos, demos o melhor de nós, e são esses aspectos que ficarão gravados na memória de quem recebeu e deu. Só que a química deste casal foi tão pouco palpável que estragou o reavivar das memórias e das sensações que só o amor da nossa vida pode despertar.


É raro o livro que avanço páginas e é muito raro auto-sploirar-me, mas a culpa foi do autor. Mas que mania é esta agora de colocar pensamentos de outras personagens, para além das principais, no meio da narrativa?! Não achei piada nenhuma, e se não tinha conseguido lidar com o Kevin d' Um Refúgio para a Vida, neste não consegui suportar as passagens com os tresloucados irmãos Abee e Ted. Foi demasiada loucura para tão pouco tempo, pois basicamente tudo acontece em poucos dias. 

Senti que a história tinha tanto potencial, não digo que tivesse um final realmente feliz, que seria eles ficarem juntos, mas não aquele. Acho que até o próprio autor quer tanto afastar-se das suas raízes literárias que depois estraga tudo. A escrita foi do mais simples e os procedimentos só serviram para querer acelerar com a leitura, o que culminou em não ter lido parte do meio e ter avançado rapidamente para o seu fim.

Citações:

"«Tomei a decisão certa?» 
« Não sei. Existia imensa magia  entre os dois, isso é inegável. E a magia dificulta o esquecimento.»"

Classificação: 3 de 5*
 

 

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