Opinião Livro

Champion, Marie Lu


Título Original: Champion
Autor: Marie Lu
Editor: Putnam Juvenile
Género: Distopia
Série: Legend #3
Páginas: 384
Ano Publicação: 2013

Sinopse

He is a Legend.

She is a Prodigy.

Who will be Champion?


June and Day have sacrificed so much for the people of the Republic—and each other—and now their country is on the brink of a new existence. June is back in the good graces of the Republic, working within the government’s elite circles as Princeps-Elect, while Day has been assigned a high-level military position.

But neither could have predicted the circumstances that will reunite them: just when a peace treaty is imminent, a plague outbreak causes panic in the Colonies, and war threatens the Republic’s border cities. This new strain of plague is deadlier than ever, and June is the only one who knows the key to her country’s defense. But saving the lives of thousands will mean asking the one she loves to give up everything.

With heart-pounding action and suspense, Marie Lu’s bestselling trilogy draws to a stunning conclusion.




Já lá vá o tempo que terminei a série Legend, mas só agora tive oportunidade de me debruçar sobre um dos melhores finais de uma saga. Aprecie bastante o facto de a autora trabalhar o que vinha do anterior e não inventar mais nada, que depois iria ficar em águas de bacalhau, só para ter mais história.

No livro Progidy sabemos a verdadeira razão de Day querer seguir um novo rumo sem June. Só ele o sabe e abusa dos artefactos da mágoa da morte da mãe e do irmão para que faça sentido a June este afastamento. 
Nesta derradeira aventura, decorrem 8 meses, Day batalha diariamente contra a sua doença, com a adaptação do irmão Eden e ainda trabalha para a Republica. Já June segue os passos para se tornar a sombra do jovem Elector Anden e foi a sua qualidade como génio, que serviu para o aconselhar devidamente. Quando Day e June se reencontram sabem que as suas qualidades individuais não podem ser desperdiçadas, mas como aliados ainda menos. Ele é uma lenda, ela um prodígio e há que lutar para conseguirem triunfar.

A personagem para mim mais constante, mais determinada e perspicaz em toda a série foi June. Ela não só conseguia perceber-se enquanto pessoa, como conseguia “escutar” o ambiente que a rodeava. E fê-lo tão bem que sempre conseguiu separar o que é mais importante para si daquilo que os outros esperavam de si. Com Day, eu tive algumas dificuldades em lidar, pois sempre achei que era um pouco inconstante em relação ao que sentia sobre a June. Acho que por muito que associasse June às mortes da sua família, os valores que nos são incutidos numa sociedade são mais fortes do que muitas vezes os critérios morais. Apesar dele não ter morto ninguém, também necessitou de roubar ou tomar medidas extremas para sobreviver, e para isso, teve de pôr de lado a sua moralidade, tal como June o fez.

Se as personagens principais eram fulcrais nesta série, também foi bom ver que as personagens secundárias mereceram destaque. Thomas, Metias, Tess e Anden, que provavelmente foi a grande surpresa, foi-lhes dado a oportunidade de se redimirem e mostrarem com que armas se luta por aquilo que acreditam. 
Contudo não posso falar só das personagens, pois a autora não só trabalha a sociedade da Republica como incide sobre outras nações, e foi bom sentir uma maior diversidade de pensamentos, objectivos e alianças. Nem tudo é mau mas nem tudo é fantástico. E ver ainda que certos temas como a  homossexualidade também foram abordados, apesar de pouco aprofundado, mas conseguiu dar um lamiré do que se passava.


Sobre o final, mil questões podemos levantar sobre a amnésia e sobre a maneira como todos os que rodeiam Day resolveram lidar com a questão. Se ficou interessante o passar dos anos? Sim, mas acho o irmão do Day deveria ter tido um papel predominante para que existisse um reencontro, pois para quem sofre com amnésia várias lacunas ficam por responder, assim como, existe uma ânsia de querer saber o que se passou, e ninguém melhor do que June para lhe tirar todas as dúvidas. E tendo em conta o amor que Day sempre mostrou pelo Eden, este reencontro programado poderia ter significado um obrigado. Por isso, um pouco mais de páginas talvez tivessem resolvido o problema e tirado do caminho anos de incógnita para ambos os lados.

Esta série conseguiu satisfazer, por mim dou-lhe mesmo um Satisfaz Bem, pois pensando no todo a autora conseguiu fechar a narrativa com dignidade e deixar uma mensagem de esperança de final feliz.

Citações:

“It hurts every day, the absence of someone who was once there.” 

“Sometimes, the sun sets earlier. Days don’t last forever, you know. But I’ll fight as hard as I can. I can promise you that.” 

“Then Day reaches out and touches my hand with his. He encloses it in a handshake. And just like that, I am linked with him again, I feel the pulse of our bond and his- tory and love through our hands, like a wave of magic, the return of a long-lost friend. Of something meant to be. The feeling brings tears to my eyes. Perhaps we can take a step forward together.

“Hi,” he says. “I’m Daniel.”
“Hi,” I reply. “I’m June.” 

“I’ve been searching a long time for something I think I lost.
I felt like I found something when I saw you back there.”

Classificação: 4 de 5*
 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário