Opinião Livro

Prodigy, Marie Lu


Título Original: Prodigy
Autor: Marie Lu
Editora: Penguin
Género: Distopia
Série: Legend #2
Páginas: 336
Idioma: Inglês
Ano Publicação: 2013

Sinopse

Injured and on the run, it has been seven days since June and Day barely escaped Los Angeles and the Republic with their lives. Day is believed dead having lost his own brother to an execution squad who thought they were assassinating him. June is now the Republic's most wanted traitor. Desperate for help, they turn to the Patriots - a vigilante rebel group sworn to bring down the Republic. But can they trust them or have they unwittingly become pawns in the most terrifying of political games?



Na sequência da aventura de Day e June depois de fugiram das mãos da Republic, Marie Lu não desilude e apresenta-nos um enredo bastante diversificado e dinâmico que nos remete para o poderoso papel individual das personagens principais.

Este segundo livro consegue abranger mais diversidade e explorar caminhos que no anterior apenas nos remetiam para a parte Oeste do que foi os EUA, agora chamado de Republic. No início é-nos apresentado o mapa de como os antigos EUA estão agora divididos entre duas partes, a pertencente à Republic e a outra às chamadas Colonies (parte Este). E ainda fala do resto do mundo e de como ele organizou perante o isolamento da Republic.


Contudo antes das personagens principais tomaram noção da verdade sobre como é o mundo, eles tomam a decisão de unirem forças com os Patriots. Day vê como uma oportunidade de ganhar forças e voltar a ter uma boa perna, e June apenas quer um sítio em que possa ficar com Day. E assim que são apresentados ao comando dos Patriots, a única hipótese de sobreviverem é fazerem o que lhes mandam e ajudá-los a lutar contra a ditadura da Republic. Só que não será fácil para June voltar à terra onde era vista como o Prodigy, e Day não sabe se o seu papel como Legend terá verdadeiro impacto nos planos dos Patriots para ele.

Assim que o Elector Primo morre é substituído pelo filho Anden, e para os Patriots ele é pintado com um monstro. Com inexperiência e com o início da revolta do povo, Anden é visto como um alvo a abater. Assim com o treino de June e o carinho que este nutre por si, é proposto que volte para a Republic e convença Anden que o querem matar. Só que nunca imaginava que no meio do início desta guerra descobrisse coisas que vão contra tudo aquilo que lhe contaram.


Para Day saber que terá o irmão Eden de volta e que pode estar junto de Tess, não lhe custará nada assassinar Anden. E ainda mais quando começa a ver os avanços deste a June. Mas por mais enciumado que possa estar, no momento crucial acredita nela. Só que todas as revelações que esta lhe faz, deixam-no de pé atrás, e depois ver pelos seus próprios olhos a ilusão que é as Colonies, renova uma nova confiança em June. Porém a reviravolta não se faz esperar e uma pulseira é tudo o que marca o fim desta aventura.

A personagem que me tem marcado de livro para livro é June. Sinto que é uma rapariga que mostra o seu verdadeiro caracter, mostra a razão pela qual é catalogada com o prodígio da Republic. Ela tem uma mente perspicaz que consegue ver para além das entrelinhas, e fá-lo jogar a seu favor e consequentemente a favor de Day. Enquanto Day é emocional e não consegue captar rapidamente tudo à sua volta, June é a parte racional desta dupla.


A única barreira deste relacionamento foi as consequências de quando ela ainda era uma agente da Republic. E o ter de viver com isso todos os dias. Tanto ela se culpa a si mesma como ele a culpa a ela, e viver num clima de que o outro é que foi o culpado de tudo, é o mesmo que o mesmo que uma cadeira não se conseguir segurar porque lhe falta a 4ª perna.

Houve tentativa de triângulos amorosos, mas acho que a autora conseguiu ser hábil e mostrar que por muito que hajam tentações não significa que se deixem levar por elas. Este foi um dos pontos positivos que retirei do livro. Também achei importante que a autora mostre que o ambiente onde sempre fomos inseridos tem influência no nosso futuro, contudo isso não significa que quem viveu numa lixeira tenha de só conseguir viver lá ou quem viveu numa mansão não saiba viver num T1. A vida implica mudanças e o humano está apto para sobreviver a elas. E achei que a June por muito que pensasse na sua boa vida, ela pouco estava preocupada onde tivesse de viver, desde que fosse com o Day. 

Agora só falta o último livro para terminar esta série que me tem dado um prazer enorme. Mas verdade seja dita estou com medo do que para aí venha. A autora já deu uma pista mas sinceramente espero que não se concretize.
 
Citações:

“Day, the boy from the streets with nothing except the clothes on his back and the earnestness in his eyes, owns my heart. He is beauty, inside and out. He is the silver lining in a world of darkness. He is my light.”  

“You know, sometimes I wonder what things would be like if I just ... met you one day. Like normal people do. If I just walked by you on some street one sunny morning and thought you were cute, stopped, shook your hand, and said, "Hi, I'm Daniel.”

“My heart is ripped open, shredded, leaking blood. I can't let him leave like this. We've been through to much to turn into strangers.” 

Classificação: 4 de 5*
 
 
 


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