Os Filhos do Abandono, Torey Hayden
Título Original: Twilight Children: Three Voices No One Heard Until a Therapist
Autor: Torey Hayden
Editora: Editorial Presença
Género: Não-Ficção
Páginas: 288
Ano Publicação PT: 2008
Sinopse
Durante décadas Torey Hayden tem sido uma luz na escuridão para muitas crianças com distúrbios comportamentais graves. Especializada em «mutismo electivo», trabalha agora num hospital, na unidade de pedopsiquiatria. Neste livro, ela ocupa-se de Cassandra, uma menina que apenas com seis anos foi raptada pelo pai, só regressando a casa da mãe quase dois anos depois e o seu comportamento leva a supor ter sido vítima de abusos graves. Drake, de quatro anos, é pelo contrário um rapazinho encantador e carismático, mas a sua mudez persiste para além de todos os esforços de Torey. E, embora nunca tenha trabalhado com adultos, Torey vai ainda ocupar-se de uma idosa que, após um AVC, se refugiou num mutismo depressivo. Cada história desenrola-se à semelhança de um caso policial, como um puzzle que se vai construindo peça a peça.
Mais um relato feito por Torey Hayden das experiências que
vai privando com crianças, e ainda uma idosa, com os mais variados problemas, desta vez é num
hospital que trabalha e não numa sala de aula.
Este traz-nos não apenas a história de um paciente mas de
três: duas crianças e uma senhora idosa. A todos eles o diagnóstico é o mesmo:
mutismo selectivo. Cassandra com nove anos alterna entre o mutismo, ataques de
histeria, de manipulação e mentiras, seja entre pessoas mais velhas, seja com
crianças que considere como fracas.
Drake é um rapazinho de 4 anos que apesar de não dizer uma única palavra é bastante carismático e consegue conquistar todos à sua volta com o entusiasmo mudo que coloca em tudo o que vê, sente e ouve. Só que existe uma falha na sua história: apenas fala com a mãe e mais ninguém.
Já Gerda, a idosa que sofreu um AVC, durante algum tempo teima em não falar até que quando decide fazê-lo seja para falar do seu passado de adolescente.
Drake é um rapazinho de 4 anos que apesar de não dizer uma única palavra é bastante carismático e consegue conquistar todos à sua volta com o entusiasmo mudo que coloca em tudo o que vê, sente e ouve. Só que existe uma falha na sua história: apenas fala com a mãe e mais ninguém.
Já Gerda, a idosa que sofreu um AVC, durante algum tempo teima em não falar até que quando decide fazê-lo seja para falar do seu passado de adolescente.
Abusos são mais que muitos para crianças tão indefesas, a pura negligencia de quem apenas quer vingar-se de um(a) marido/mulher, ou de quem não consegue resolver os sérios problemas que os familiares lhes impõem. E no caso de Gerda, na dificuldade dos filhos compreenderam a maneira complicada de ser da mãe.
Não podemos deixar de nos comover e sentir empatia por estes
casos, muitos deles contêm revelações extremamente graves, enquanto outros são consequências
da idade. Cada um sabe tocar o leitor de uma maneira especial.
Traumas que podem ser colmatados mas que não desaparecem completamente.
Pois são tais as más experiências que o tempo/futuro nem sempre as consegue erradicar.
O que gosto neste género de livros é sentir que existe
pessoas que realmente fazem a diferença na vida de outras pessoas, e também,
tomo noção que existem tantas realidades que escapam completamente à minha
ideia de como é o mundo. Acabam por nos passar tão despercebidas outras maneiras
de viver diferentes da nossa, que custa acreditar que o ser humano possa ser
tão cruel. Todo o tipo de crueldade deve ser julgada mas quando são impostas a
crianças, a seres inocentes que não têm meio de se defender a não ser por intermédio
de outrém, ainda é mais custoso de ouvir, de aceitar.
Para quem ainda não leu nada da Torey, aconselho a fazê-lo, são sempre livros que nos inspiram.
Para quem ainda não leu nada da Torey, aconselho a fazê-lo, são sempre livros que nos inspiram.
Citações:
"O truque reside em adaptar o que se sabe aos acontecimentos e não ao contrário."
"Quando uma situação já é desesperada, os teus actos não vão agravá-la. Portanto, vale sempre a pena correr o risco, só para veres se tens uma pequena oportunidade de a melhorar."
Classificação: 4 de 5*
É mesmo isso, Marta. A Torey faz uma diferença fenomenal na vida das pessoas. Para mim é uma verdadeira fonte de inspiração. Um dia quero fazer um pouco da diferença que ela faz.
ResponderEliminarBeijinhos
É verdade mesmo que não seja em larga escala como ela já o fez, que seja ao menos com as pessoas que conhecemos ;)
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