Opinião Livro

The Statistical Probability of Love at First Sight, Jennifer E. Smith



Título Português: A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista
Autor: Jennifer E. Smith
Editora: Poppy
Género: YA
Páginas: 164
Idioma: Inglês
Ano Publicação: 2011

Sinopse

Who would have guessed that four minutes could change everything?

Today should be one of the worst days of seventeen-year-old Hadley Sullivan's life. Having missed her flight, she's stuck at JFK airport and late to her father's second wedding, which is taking place in London and involves a soon-to-be stepmother Hadley's never even met. Then she meets the perfect boy in the airport's cramped waiting area. His name is Oliver, he's British, and he's sitting in her row.

A long night on the plane passes in the blink of an eye, and Hadley and Oliver lose track of each other in the airport chaos upon arrival. Can fate intervene to bring them together once more?

Quirks of timing play out in this romantic and cinematic novel about family connections, second chances, and first loves. Set over a twenty-four-hour-period, Hadley and Oliver's story will make you believe that true love finds you when you're least expecting it. 




Há quem acredite e há quem não acredite no amor à primeira vista. Será que é possível? Só saberá responder quem o já tenha vivido, e sejamos sinceros, que tenha dado certo.


Há quem viva meses/anos a tentar encontrar o amor e há quem viva esse mesmo tempo a tentar dizer a verdade a quem ama. Mas para a Hadley e Oliver bastam 24 horas para perceberem que têm uma vida inteira para se conhecerem.


Os caminhos destes dois jovens cruzam-se num aeroporto quando Hadley tem de ir até Londres ao casamento do pai e Oliver está a caminho de casa para um funeral. Bastaram 4 minutos para perde o avião mas arranja voo noutro, aquele onde Oliver estará. Enquanto esperam metem conversa um com o outro e de um momento para o outro ele está ao pé dela na viagem.
Entre conversa de circunstância também passam por alguns (poucos) momentos sérios. Piadas, ver filmes, dormir e uns momentos de atracção, pautam as várias horas de viagem entre os EUA e Inglaterra. Quando chegam, cada um parte para o seu destino mas com uma despedida à maneira. 

Ao explorar a maneira casual como se pode conhecer pessoas, as horas que se passam com essa mesma pessoa estranha mas que parece tão confortavelmente conhecida. Em paralelo vamos entrando no mundo pessoal da Hadley e sabendo os verdadeiros motivos porque se sente tão aterrorizada de ir ao casamento do pai. E é tão consumida por esses sentimentos que não desconfia das verdadeiras razões da ida de Oliver até à sua terra natal.

Por este aspecto achei que sendo um livro escrito na 3º pessoa na perspectiva da Hadley, faria mais sentido que houvesse alguns momentos do Oliver. O facto de ele dizer tão pouco ou nada mas pensar em tanto, dava outro alento à história e balançava com as constantes frustrações pessoais da Hadley. Que diga-se de passagem consumiram grande parte do livro, tendo em conta que, se era para ser um livro de amor à primeira vista, devia ter-se focado mais nisso.

Não deixou de exercer o seu objectivo: ser curto e directo. Gosto quando histórias assim não enrolam muito e vão directas ao que é pretendido, conhecer alguém, apaixonar-se e ficar junto com essa pessoa. E quando são livros que falam de viagens e das descrições das cidades por onde passam, ainda me deu mais vontade de ir até Londres. 
Óptimo para quem não quer ocupar muito tempo com um livro.


Citações:


“Not everyone makes it fifty-two years, and if you do, it doesn't matter that you once stood in front of all those people and said that you would. The important part is that you had someone to stick by you all that time. Even when everything sucked.”

“Is it better to have had a good thing and lost it, or never to have had it?”

“Did you know that people who meet at least three different times within twenty-four hour period are ninety-eight percent more likely to meet again?”

“What are you really studying?"
He leans back to look at her. "The statistical probability of love at first sight."
"Very funny," she says. "What is it really?"
"I'm serious."
"I don't believe you."
He laughs, then lowers his mouth so that it's close to her ear. "People who meet in airports are seventy-two percent more likely too fall for each other than people who meet anywhere else.”

Citações: 4 de 5*

 
 

Opinião Livro

Panic, Lauren Oliver


Título Original: Panic
Autor: Lauren Oliver
Editora: HarperCollins
Genero: YA
Páginas: 273
Idioma: Inglês
Ano Publicação: 2014

Sinopse

Panic began as so many things do in Carp, a dead-end town of 12,000 people in the middle of nowhere: because it was summer, and there was nothing else to do.

Heather never thought she would compete in Panic, a legendary game played by graduating seniors, where the stakes are high and the payoff is even higher. She’d never thought of herself as fearless, the kind of person who would fight to stand out. But when she finds something, and someone, to fight for, she will discover that she is braver than she ever thought.

Dodge has never been afraid of Panic. His secret will fuel him, and get him all the way through the game, he’s sure of it. But what he doesn't know is that he’s not the only one with a secret. Everyone has something to play for.

For Heather and Dodge, the game will bring new alliances, unexpected revelations, and the possibility of first love for each of them—and the knowledge that sometimes the very things we fear are those we need the most.


Este é daqueles livros que no início tudo parece bem, a ideia é boa mas a caminho do fim, só pensamos WTF?!

Gosto bastante da Lauren Oliver como autora mas depois da desilusão que foi o final da trilogia Delirium, não ia grandes expectativas para o seu último lançamento. E a verdade é que se adorei Antes de Vos Deixar, este Panic não me agradou da mesma maneira.

Contado a duas vozes, Heather e Dodge, não são amigos, apenas conhecidos. Depois de terminarei o liceu decidem participar no jogo anual que se realiza nas férias de verão: Panic. Heather embarca nesta jornada de maneira bem diferente de Dodge. Depois do namorado terminar a relação e vê-lo com outra, num impulso resolve participar no jogo que sempre viu como inútil. Já Dodge fá-lo mais pela irmã do que por si, vingança é o estado de espírito que impera desde que pensou em querer concorrer neste jogo. Com o prémio poderá ajudar a irmã e ainda utilizar a derradeira prova para dar a provar ao inimigo, o sabor amargo dos dois anos depois do acidente da irmã.


Mas estas personagens não estão sozinhas, os melhores amigos de Heather, Natalie e Bishop passam a acompanhar as diferentes etapas que cada prova de eliminação tem. Nat porque também participa, Bishop por apoio incondicional a Heather. Só que estas provas que todos têm de superar ditam mais do que é suposto: as verdadeiras amizades são colocadas à prova. As novas paixões, as desilusões, as preocupações pessoais, a vida de que todos querem fugir e aproveitar o prémio final para saírem daquela terra e buscar novas oportunidades. 

Entendo a finalidade daquele jogo, é nele que se agarram milhares de jovens de ano para ano para usufruírem da janela aberta que é ganhar bastante dinheiro e poderem sair daquela terra pequena, em que as oportunidades são escassas e mais do que isso, quem lá fica para sempre permanece sem ver nada do mundo. E para isso estão mais do que conformados a correr todos os riscos necessários de jogar Panic.


Mas há sempre um mas. Até metade do livro as provas do jogo faziam sentido e apesar de perigosas, para quem tem 18 anos só quer terminá-las e andar para a frente. Mas tudo começa a descambar e passam a conter demasiado excesso de estupidez, tanto por quem promove as provas como quem as pratica. E mais engraçado (not) é a reviravolta de se saber quem são os júris. 
O que descambou numa prova final que me fez pensar se estava a ler um livro de fantasia, tal era a SORTE da Heather. WTF?!Really, não lhe acontece nada e aparece o tigre?! 
Já final foi de partir a rir, entendi que a finalidade do livro era mostrar as razões pessoais porque todos participam naquele jogo, ou seja, não dar tanto foco aos romances. Mas aquele final foi mais mal preparado que tudo o resto.
 
Senti que a autora quis mostrar quem quando se é jovem e o sentimento de enclausuramento é demasiado grande, vale tudo para conseguir sair dele. Só que depois tratou assuntos realmente sérios de forma demasiado leviana: Heather e a irmã, o castigo do Bishop, a Heather na prova final, possíveis consequências para o Dogde. Dá a ideia que não importa o que faças, não há consequências graves, independentemente de se estar a jogar ou a viver a vida real.

Continuo a elogiar a escrita de Oliver e a maneira fácil com que entendemos a mente das personagens. Apesar de não me desagradado completamente, estava à espera de muito mais.

Citações:

“She thought all you needed to do - all any of them needed - was to get out. But maybe you carried your demons with you everywhere, the way you carried your shadow.” 

“The Bravery was in moving forward, no matter what. Someday, she might be called on to jump again. And she would do it. She knew, now, that there was always light--beyond the dark, and the dear, out of the depths; there was sun to reach for, and air and space and freedom.

There was always a way up, and out, and no need to be afraid.” 

Classificação: 3 de 5*