Opinião Livro

Birthmarked, Caragh M. O'Brien



Título Original: Birthmarked
Autor: Caragh M. O'Brien
Editora: Roaring Brook Press
Género: Distopia
Série: Birthmarked #1
Páginas: 361
Idioma: Inglês
Ano Publicação: 2010

Sinopse

In the future, in a world baked dry by the harsh sun, there are those who live inside the walled Enclave and those, like sixteen-year-old Gaia Stone, who live outside. Following in her mother's footsteps Gaia has become a midwife, delivering babies in the world outside the wall and handing a quota over to be "advanced" into the privileged society of the Enclave. Gaia has always believed this is her duty, until the night her mother and father are arrested by the very people they so loyally serve. Now Gaia is forced to question everything she has been taught, but her choice is simple: enter the world of the Enclave to rescue her parents, or die trying.

Desconhecia esta distopia e a autora mas foi com prazer que me iniciei neste mundo futurístico abalado por alterações climáticas onde alguns ainda conseguem ser privilegiados contudo outros são marginalizados.



Sociedade dividida entre aqueles que vivem dentro do Enclave e aqueles que vivem fora das muralhas dos que governam uma sociedade perfeita. O que vivem dentro têm direito a todas as regalias e os de fora passam pelas mais duras dificuldades. Mas o Enclave não consegue viver sem os de fora e em cada mês os três primeiros bebés saudáveis a nascerem têm de ser entregues.

É assim que conhecemos Gaia Stone uma jovem de dezasseis anos que é parteira tendo aprendido esta profissão pela mão da mãe. Compreende as razões do Enclave acreditando piamente em tudo o que a rodeia, mesmo que seja visível a diferença da vida dentro e fora das muralhas. Viveu com dificuldades com os pais e quando estes são levados pelos soldados não hesita um momento em procurar as verdadeiras razões do aprisionamento já que ninguém lhe diz, o que aos seus olhos é injusto já que a sua família sempre fez tudo conforme as normas do Enclave.



Talvez por Gaia ser tão inocente e acreditar tão cegamente é difícil nos primeiros momentos simpatizar com a história. Sendo impossível para quem vêm dos Distritos passar para dentro da muralha e uma vez lá não ser reconhecida, Gaia consegue fazê-lo, muito em graças às ajudas das várias pessoas que vai conhecendo. É verdade que é impressionante a facilidade com que ela escapa a situações lá dentro mas senti que o consegue porque muitas daquelas pessoas de dentro querem que alguém faça alguma coisa em relação às doenças das crianças/jovens e resolveram fiar-se nela. 
Sendo uma jovem com uma cicatriz torna-a indesejável perante os padrões perfeitos do Enclave, mas é pela maneira corajosa e determinada em querer saber do paradeiro e lutar pela vida da mãe que não mede as consequências sem desafiar primeiro as suas possibilidades.


Já Leon Grey o protagonista masculino, é reservado, observador e ao contrário de Gaia teve direito a tudo no seu crescimento. Torna-se num bom aliado de Gaia mesmo sendo um soldado do Enclave. Ela inicialmente não gosta e não acredita nele mas em nenhum momento o rapaz deixa de ser preocupar e tentar arranjar uma boa solução para ela. Mesmo que vá contra a própria família, os todos poderosos do Enclave, tem bem presente a memória da irmã, o que lhe dificulta o reconhecimento que faz bem a alguém.


Narrado na terceira pessoa embrenhamos neste mundo em que Gaia é a razão de todas as respostas e tem todos os poderes para criar uma pequena revolução no seio do Enclave. Os bebés foram vistos como as soluções para casamentos e filhos saudáveis mas também vão ser eles assim como os pais de fora das muralhas as respostas para os problemas daquela sociedade.

Com um romance discreto, uma leitura fácil apesar de um tanto ou quanto repetitiva e lenta, mas valeu pela maneira como a autora está a construir e está a descortinar esta distopia, que consegue diferenciar-se de tantas outras, merece que faça a leitura do próximo.

Citações:

“There are some things, once they are done, that we can never question, because if we did, we wouldn't be able to go on. And we have to go on, every single day.”  

“When you decide something's right, there's nothing that can stop you from doing it.” 

Classificação: 4 de 5*
 
 

2 comentários:

  1. A história parece interessante!! Também não conhecia a escritora! :)

    johnsreportblog.blogspot.com

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    1. É mas espero que seja bem mais com o próximo :)

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