Opinião Livro

E Se Fosse Verdade..., Marc Levy



Título Original: Et Si C'Était Vrai...
Autor: Marc Levy
Editora: 11x17
Género: Romance
Série: Et Si C'Était Vrai #1
Páginas: 239
Ano Publicação PT: 2011
ISBN: 9789722517836

Sinopse

E Se Fosse Verdade... é uma história repleta de romantismo e bom humor, ingredientes que cativaram Steven Spielberg, fazendo-o adquirir, por 2 milhões de dólares, os direitos do livro para o cinema. Marc Levy verá o seu romance de estreia candidatar-se a um grande sucesso de bilheteria. A história passa-se em São Francisco, em julho de 1996. A jovem e bela Lauren, estudante de medicina, sofre um acidente de carro, entra em coma e vai parar no mesmo hospital onde trabalha. Apesar do seu estado, Lauren consegue, espiritualmente, voltar para o seu antigo apartamento. Lá, encontra Arthur, o arquitecto que é o novo morador do imóvel e a descobre no armário do banheiro ao ir tomar banho. Ele é a única pessoa que consegue vê-la, ouvi-la e senti-la.
Inicialmente recusando-se a acreditar na história de Lauren, Arthur só fica convencido de toda a verdade quando vai até o hospital e a encontra desacordada. A partir daí, ele vai fazer o impossível para ajudá-la a voltar ao seu estado natural.




No Verão de 1996, Lauren uma estudante de medicina tem um acidente que a deixa em coma. Mas se o seu corpo se encontra numa cama no hospital onde costumava trabalhar, o seu espírito está no seu apartamento que entretanto foi arrendado a outra pessoa. Essa pessoa é Arthur um arquitecto que tem dificuldades em acreditar na história mirabolante que Lauren lhe conta. Ela tão pouco consegue acreditar que ele a consegue mesmo ver e ouvir.


Depois de finalmente acreditar que o corpo de Lauren está no hospital, resolve munir-se de todas as armas para ajudá-la a perceber aquele fenómeno. Assim estuda dia e noite situações de coma e quais as probabilidades de sobreviver. Sem nunca se deixar abater insiste em todas as frentes para resolver o enigma. Lauren não gosta desta situação ao vê-lo empenhado em algo que não dará em nada e que o faz desperdiçar a sua própria vida. Quando só vê que há uma alternativa nem o melhor amigo Paul o consegue demover de a realizar. 


Gostei que numa primeira parte enquanto estávamos no apartamento de Lauren/Arthur a vida desta mulher fosse descortinada. E já em Carmel fosse a vez de Arthur reviver a sua infância. Foi bom conhecer estas duas personagens em diferentes contextos que lhes eram tão especiais. E ver a evolução da amizade, da confiança e da paixão. 

É fácil deixar-nos levar por esta história de fantasia, no início as situações caricatas que Arthur passa por andar a falar sozinho ou com um braço levantado na rua levam a momentos de risota porque todas as pessoas acham que ele está maluco. Ele também é o portador dos ensinamentos que a vida deve ter. Saber aproveitá-la, medi-la e dar utilidade às pequenas coisas pois são essas que fazem realmente sentido. Dá grandes lições de vida e com efeito é uma personagem que não só as diz como as aplica.


Contudo a caminhar para o final senti que a história começa a descambar. O que me custou a entranhar foi existem certas incongruências mesmo sabendo que é um livro fantasioso. É que o livro é bom demais para que a vida do Arthur seja tão facilitada, então o polícia não lhe faz nada e se ela não podia fazer-lhe o pequeno-almoço muito menos poderia ter relações sexuais ou ajudá-lo a fazer limpeza…não sei, acho que o facto de se dar demasiado foco aos anos de serviço do polícia e ao facto de ela não poder tocar em nada fisicamente, estragaram a minha empatia para com o livro. Se não fosse repetido tantas vezes estes aspectos passariam ao lado e “acreditava” mais na história.


Foi o primeiro que leio de Marc Levy, e apesar de não me ter enchido as medidas, quero repetir e ler a continuação Voltar a Encontrar-te já que o final ficou em aberto. É uma história fácil de se deixar apaixonar mas que peca pelo abuso da fantasia que corre tudo bem na vida. Devo apostar em ver o filme, mas segundo li, não é nada parecido.


Citações:
"Identificar a felicidade quando está aos nossos pés, ter a coragem e a determinação de se baixar para agarrar nos braços... e guardá-la. É a inteligência do coração. A inteligência racional sem a do coração não passa de lógica e não é grande coisa."

"Cada um com o seu mundo, sabes! O principal é plantar as nossas raízes na terra que nos convém."

"Vou dizer-te porque sou «sereno», como dizes. Porque não se pode viver tudo, então o importante é viver o essencial, e cada um de nós tem o «seu essencial.»


Classificação: 3 de 5*
 

 
 
 

5 comentários:

  1. Eu gosto muito de Marc Levy. Já li este livro, gostei muito mas ainda não li a continuação (a biblioteca só tinha este). Este foi o terceiro livro que li do autor. Os meus preferidos continuam a ser a série de dois livros "O primeiro dia" e "A primeira noite".
    Sabias que este livro deu origem a um filme? Beijinhos

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    Respostas
    1. Sim, apanhei algumas partes na tv mas nunca o vi todo e pelo que li não tem nada a ver.

      Quero ver se arranjo a continuação para saber como acaba e depois empresto-te. E já tenho esses na minha lista a ler porque gostei bastante da escrita dele.

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    2. Não tem nada que ver com o livro. Penso que aproveitaram apenas o conceito que está na base de toda a história.

      Obrigada, Marta :). Espero mesmo que gostes... Ele escreve muito bem. É profundo sem ser lamechas!
      Bjs

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    3. Sim já me apercebi disso e até achei que acaba por ser diferente do Nicholas Sparks já que escrevem o mesmo género :)

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    4. É muito diferente de Nicholas Sparks. Nos livros que te indiquei, prepara-te para muito mistério, romance, aventura, viagens e um final surpreendente! Espero mesmo que gostes!

      Obrigada ;).
      Beijinhos

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