Downton Abbey
Criador: Julian Fellowes
Elenco: Hugh Bonneville, Phyllis Logan, Elizabeth McGovern, Michelle Dockery, Maggie Smith, Jim Carter, Dan Stevens,etc.
Género: Drama
Canal de Emissão: ITV
Temporada: 1
Ano: 2010 -
Classificação IMDb: 8,8
A 1º temporada conta com 7 episódios que decorrem entre 1912, o ano do naufrágio do Titanic, até Julho de 1914, terminando com o anúncio do início da 1º Guerra Mundial. Apesar de poucos episódios são recheados com as preocupações dos senhorios assim como a dos empregados pela situação que abala a família Crawley.
Com três filhas, Mary (Michelle Dockery), Edith (Laura Carmichael)
e Sybil (Jessica Brown Findlay), Robert Crawley/Lorde Grantham (Hugh Bonneville)
vê-se tentado a arranjar uma solução para a herança familiar. Com a morte do
seu herdeiro directo no naufrágio, toda a família se vê na ânsia de procurar
respostas em advogados para que Mary seja a herdeira da fortuna da mãe, mas a
resposta é sempre a mesma: ou ela se casa com o futuro herdeiro de Downton
Abbey ou não tem direito a nada. É assim que surge, Matthew Crawley (Dan Stevens),
primo em terceiro grau que herdará tudo. Contudo sendo ele um advogado e filho
de classe média, tem alguma dificuldade em adaptar-se mas também não ajuda o
facto da família do Lorde e Condessa de Grantham esperarem tanto dele.
Contudo Matthew começa realmente a interessar-se por aquela
propriedade e localidade e esforça-se por se integrar, e Lorde Grantham vê isso
como um sinal que todos os seus objectivos de vida ficarão bem entregues nas
mãos do jovem advogado, apesar da mulher Cora/Condessa Grantham (Elizabeth
McGovern) e da mãe Violet Crawley/Viúva Rica de Gratham (Maggie Smith) não
partilharem do mesmo entusiasmo. Esta também é uma preocupação presente nos empregados e várias vezes se questionam se Lady Mary irá casar ou não com Matthew. Porém esta também é uma questão que nem a própria sabe responder e que Matthew cansou de tentar obter.
Os empregados apesar de pertencerem ao elenco secundário dão
bastante relevância a toda a premissa. Desde o mordomo, passando pela
governanta, aos lacaios até à cozinheira, todos tem um papel de destaque em
cada episódio. E claro, dentro deles há sempre uns que são as cobras, os
sensatos, os confidentes e os desbocados. Se é fácil gostar desta pequena
família que serve e protege dia e noite os patrões, também é bom verificar que qualquer
elemento da família Crawley os trata como parte deles e os ajuda em
quaisquer situações. Um dos pontos altos é que os segredos da família nunca são
realmente segredos para os criados porque ficam a saber tudo, mas mantêm a
lealdade aos seus patronos. E foi a particularidade de reciprocidade que me
fez realmente apreciar esta série.
Os atritos e ciúmes entre irmãs; a busca de melhores condições
de trabalho; a luta pelo direito ao voto da mulher e a sua emancipação; o
cepticismo em relação à electricidade e ao telefone; o quer tramar alguém mas é-se
apanhado nas teias da conspiração; e o descobrir o desejo e interesse e/ou
rejeição de um partido, são alguns do pontos desenvolvidos. Existem várias consequências ao longo de toda a série
que levam a uma cadeia de desenvolvimentos pouco recomendados, mas como esta
família de patrões e criados é tão unida, os obstáculos são superados com a ajuda de todos.
O futuro de Mary, de Downtow Abbey e de Inglaterra ficaram
em aberto no último episódio e na próxima temporada mais algumas questões serão
resolvidas.
Mas enquanto isso, só tenho a dizer que passei realmente um bom bocado a assistir a esta série, surpreendeu-me pela positiva e já tenho um leque de personagens favoritas, mas destaco Maggie Smith sublime como Viúva Rica de Gratham, Joanne Froggatt como a criada Anna, Jim Carter como o mordomo e Phyllis Logan a governanta. E claro os meus dois ódios de estimação, Rob James-Collier como o lacaio Thomas e Siobhan Finneran como a criada pessoal de Cora, Sarah O'Brien.
O guarda-roupa também é fantástico, sempre impecáveis tanto mulheres como homens, e os cenários não ficam nada atrás de bonitos que são. Até as posturas e modos estão muito bem demarcados para percebermos a diferença entre quem é da classe alta (os Crawley), quem vem da classe média (Matthew e a mãe) e os da classe baixa, e entre estes havendo a distinção entre quem trabalha numa casa da alta sociedade e aquele que nunca teve contacto com a Alta.
Acho que o único senão foi mesmo o avanço rápido dos tempos/anos sem sabermos que está a avançar, acho que só no 1º e último episódio há referência à temporalidade, em 7 episódios passamos de 1912 a 1914 num ápice.
Tirando isto, vale realmente a pena acompanhar Downton Abbey e a próxima temporada já está à minha espera.
Costumam acompanhar esta série?
Se sim, qual a temporada que mais gostam?
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