Pandemonium, Lauren Oliver
Título Original: Pandemonium
Autor: Lauren Oliver
Editora: HarperTeen
Género: Distopia
Série: Delirium #2
Idioma: Inglês
Páginas: 384
Ano Publicação PT: 2012
ISBN: 006197806X
Sinopse
I’m pushing aside
the memory of my nightmare,
pushing aside thoughts of Alex,
pushing aside thoughts of Hana
and my old school,
push,
push,
push,
like Raven taught me to do.
The old life is dead.
But the old Lena is dead too.
I buried her.
I left her beyond a fence,
behind a wall of smoke and flame.
Lauren Oliver delivers an electrifying follow-up to her acclaimed New York Times bestseller, Delirium. This riveting, brilliant novel crackles with the fire of fierce defiance, forbidden romance, and the sparks of a revolution about to ignite.
Pandemonium
significa uma situação caótica, diabólica e apocalíptica, ou seja, o mesmo que
dizer uma grande desordem, que pode ser a nível mundial. No mundo onde se
pretende o extermínio da doença do amor a desordem começa-se a espalhar por
todos aqueles que deixaram de ser reconhecidos pela sociedade, os Invalids e os
Scavengers. Depois do último livro ter terminado com a fuga de Lena desta
sociedade, agora é uma inválida, que pertence ao grupo de resistência que inicia
os tumultos na cidade de Nova Iorque. Mas se existe um pandemónio, não é
propriamente em toda a cidade (visto que não temos grande matéria a esse
respeito), mas à volta de Lena.
Gostei da nova maneira que a autora encontrou para explicar
o novo percurso da Lena, contado em duas frentes: o Antes e Depois. O Antes que
conta as passagens nos Wilds, o que teve de aprender e suportar para conseguir
sobreviver naquele ambiente. O Depois acontece passados 6 meses já em Nova
Iorque onde faz parte dos infiltrados na cidade para parar as políticas implementadas para destruir os Inválidos e manter a ordem entre
curados e não curados.
No Antes conhece pessoas que a acolhem e que lhe fazem tirar
o melhor proveito de todas as situações, como Raven, Sarah, Tack, Hunter ou
Blue. Temos uma maior clareza que são as situações que tem de enfrentar no quotidiano
que a fazem torna-se mais forte e corajosa. Raven é a líder deste grupo que tenta
proteger a todo o custo mesmo que muitas vezes as situações fujam do seu
controle. No Depois Lena convive quase exclusivamente com Julian Fineman, o
rapaz filho do líder do movimento pró-curados DFA (Deliria Free America), numa
cela e posteriormente será ela que o conseguirá tirar daquele lugar. Este
rapaz, como qualquer jovem, acredita piamente na doença amor deliria nervosa e mesmo tendo enfrentado a morte tantas vezes
pelas operações ao tumor no cérebro, prefere morrer na altura do processo de
cura da deliria do que a contrair.
Contudo, o estar pela primeira vez com uma rapariga e poder estudá-la ao pormenor,
começa a sentir cada vez mais interesse pelo sexo oposto. Lena não consegue
largar o seu pensamento de Alex mas a missão de salvar Julian é mais forte e
irresistível do que correr a maratona para tirar proveito de sentir uma miragem
de cabelos ruivos.
Só que achei que no Antes não se consegue extrair nada de
interessante e que tivesse real impacto na nova conduta da Lena. Acho que
Oliver não soube desenvolver todo aquele ambiente que tem pano para mangas para
ser aterrador. Quer dizer, só porque ela matou um animal já sabe usar uma faca
ou arma?! O que faltou a meu ver foi sentir o extremo de sobrevivência que ela
teve de ultrapassar para se tornar na nova Lena. Foi tocado tudo de uma maneira
tão superficial que foi difícil perceber que há uma Lena pronta a entrar em
acção para salvar aquele rapaz. E quando comecei a ver que havia pouco
desenvolvimento só ansiava pelo Depois, porque aí, ao menos, sempre tinha
acção.
O que consegui valorizar foi a postura das pessoas dos Wilds,
apesar de pessoas de caracter distante conseguem relacionar e preocupam-se
genuinamente com qualquer um deles. São como uma família, há entreajuda, há
amizade, há valorização, a compaixão é que é difícil de existir porque ao fim
ou cabo todos passaram por situações em que tiveram de perder algo ou alguém.
Há uma evolução na maneira como a própria Lena lida com os outros e como
aprende a não ter problemas em se vestir em frente a estranhos ou mostrar-se
mais próxima de alguém. E que tenta demonstrar que compaixão não é sinónimo de
fraqueza mas de gentileza.
O final foi grandioso e já estava a desesperar quando iria
finalmente acontecer o que ansiava, mas quando aconteceu fiquei de queixo
caído. Que muro no estômago, e ainda por cima, agora vai ser a doer para saber
para onde é que a rapariga se vai virar. Lauren Oliver conseguiu fazer com que
Lena fosse o único trunfo deste livro mas agora estou para ver como em Requiem usará os 3 trunfos.
Citações:
“Here’s something
else you might as well learn now: If you want something, if you take it for
your own, you’ll always be taking it from someone else. That’s a rule too. And
something must die so that others can live.”
“There’s a place
for everything and everyone, you know. That is the mistake they make above.
They think that only certain people have a place. Only certain kinds of people
belong. The rest is waste. But even waste must have a place. Otherwise it will
clog and clot, and rot and fester.”
Classificação: 4 de 5*
Já ouvi falar tanto da trilogia, mas nunca li :| parece que fiz mal
ResponderEliminarHumm vou ser sincera contigo, como sei que não gostas muito de YA, não sei se esta série será muito apelativa para ti, mas não custa nada experimentar para ver se te encantas por ela ;)
EliminarSem querer apaguei o teu comentário...fazes bem YA tem livros muito bons,tens é de encontrar aqueles que se adequam ao teu gosto, mas este achei-o mais fraquinho comparado com outras distopia de YA.
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