Opinião Filme

A Delicadeza






Título Original: La Délicatesse
Realizador: David e Stéphane Foenkinos
Elenco: Audrey Tautou, François Damiens
Género: Romance, Comédia
Ano Estreia PT: 2011
Classificação IMDb: 6,6 










Nathalie (Audrey Tautou) tenta reorganizar a sua vida depois da morte da sua alma gémea. De um momento para o outro, viu-se sem chão, e apesar de os outros tentarem “ajudar” a única solução foi voltar ao trabalho para tentar colocar a vida nos carris certos. Mas num momento inesperado acontece o imprevisto. Beija um subordinado e a partir daí muitas peripécias acontecem.
  


Este filme é a delicadeza. Realizado pelo autor da obra literária e pelo irmão deste, depois do livro, o filme ainda me fez ter mais noção do que a aparência de uma pessoa pode mudar completamento os comportamentos. 
Se para Nathalie esse aspecto nunca se colocou, os outros – amigos, colegas de trabalho – parecem ser os que têm a cabeça no lugar e ela é que é a maluca por se enamorar por um homem como Markus (François Damiens). Ela que é linda, que tem um emprego estável, que tem uma vida pela frente não se pode apaixonar por um homem que não lhe faz jus. E será que aos olhos dessas pessoas que aparentemente querem o “nosso bem”, não lhes fica encravado na cabeça que a noção do melhor para mim, não é a mesma que para essa pessoa?! Posso ser amiga ou filha de uma pessoa que tem uma opinião e gostos completamente diferentes dos meus, e que mesmo assim, isso não me faz de mim a melhor ou pior pessoa. Apenas que todos nós somos diferentes, logo todo o nosso percurso é necessariamente diferente. Mesmo que viéssemos todos da mesma mãe!
 E não esquecer aquela tendência que quando morre alguém que amamos, o pensamento é o seguinte, ninguém vai saber mais agir connosco nem nós vamos saber agir com os outros. Logo, se queremos levar a vida para a frente e se nessa frente nos aparece o homem mais feio do mundo, mas que pelos vistos, é o único que nos faz sentir novamente vivos, quem são os outros para nos criticarem?! A vida não é já demasiado curta para deixarmo-nos de a aproveitar?!


Achei o livro mais sarcástico e humorista. Enquanto o filme retractou com menos leveza a noção da aparência e aquilo que os outros pensam ser o melhor para nós. Ainda recordo aquilo que a melhor amiga da Nathalie metaforicamente disse, que esta só não progredia na carreira porque não queria, em jeito de dar a entender que ela deveria arranjar um homem “melhor”. 
Vejam pois vale realmente a pena.
 

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