Mandela: Um Longo Caminho para a Liberdade
Título Original: Mandela: Long Walk to Freedom
Realizador: Justin Chadwick
Elenco: Biográfico, Drama, Histórico
Género: Idris Elba, Naomie Harris,
Ano Estreia PT: 2013
Classificação IMDb:7,0
Decidi ir ver o filme sobre a vida de Nelson Mandela depois
da insistência da minha prima em querer vê-lo. Tinha bastante curiosidade mas
não tanta para ir até ao cinema, mas o que vi deixou-me maravilhada.
Tenho que dizer que pouco sabia do percurso deste Grande Homem, sabia
essencialmente o básico nada mais. E quando me deparei com o filme, vi o
porquê de todo o esplendor em torno de si.
Baseado na autobiografia homónima de 1994, inicia-se com o
processo da passagem de criança para homem na África do Sul, e depois já
passados uns anos de deixar a sua terra natal, Nelson Mandela (Idris Elba) é um
advogado reputado em Joanesburgo.
Quando começam a fazer a distinção entre brancos e negros,
Mandela juntamente com um grupo de amigos lutam para mostrar ao povo que não
podem fazer deles o que bem lhes apetecer. Quando as coisas começam a subir de
tom e a tomar outras proporções são todos presos e condenados à prisão perpétua.
Contudo nos Anos 70 o mundo todo começa a exigir a sua libertação, e o governo da
altura com receio do que poderia gerar essa avalanche de protestos, tenta negociar com Mandela a sua libertação.
Mas ele não se deixa enganar e afinal é ele que negocia com eles e não o contrário. Quando finalmente é feita a sua libertação, a agitação nas ruas é bastante grande e é com um pedido de paz e eleições ao seu povo que chega assim ao poder
como Presidente da República.
O filme mostra que apesar de ele ter sido um dos
rostos mais activos e emblemáticos na luta contra o Apartheid, não esteve
sozinho, mas com os seus camaradas que lutaram e abdicaram da
sua liberdade para mostrar ao povo sul-africano que eles de alguma maneira
lutavam contra o regime e as suas ideias vigentes. Foi marcante a cena em que todos
eles não hesitaram perante a ideia de poderem enfrentar a pena de morte. Para
eles isso seria uma bênção porque era a forma de não desistir e dar esperança
ao povo. Não só estes homens fizeram o que esteve aos seus alcances como a segunda
mulher de Mandela, Winnie (Naomie Harris), foi uma lutadora convicta contra
todos aqueles que faziam mal ao seu povo. Com um ódio desmedido também pelo que passou numa prisão longe das suas duas filhas, encabeçou a luta armada. Não fazia mesmo ideia que ela teve igualmente
um papel tão importante na história da África do Sul. E não fazia ideia que
passados os 27 anos na prisão, Mandela tivesse de enfrentar a sua própria mulher,
naquela guerra que já estava a ser entre negros e negros. E a única maneira de travar isso foi pedir a um povo que estava farto da palavra Paz para que soubessem perdoar assim como ele o tinha feito.
Tenho de dar todo o crédito ao actor que representa Mandela,
Idris Elba que soube falar e ter quase o mesmo tom de voz. E sempre que a
câmara o apanhava num ângulo de corpo inteiro em perfil parecia que estava
mesmo a ver o verdadeiro, na parte final então, parecia mesmo o Mandela a pisar
aquela terra com as crianças.
Morreu sem poder ver o filme a que deu o aval para seguir em frente. Mas ficou a figura incontornável do que foi e do que sempre representará. Um herói de um povo que apenas queria ser livre e igualitário. Este filme é a prova viva que ninguém nasce herói, é preciso trabalhar e lutar com a ajuda das pessoas certas e acreditar no que isso poderá suscitar, e que só permanece imortal quem deu tudo o que tinha de si para batalhar contra uma causa, por um povo, por um país. A banda-sonora esteve impecavelmente bem inserida e as fotografias no final não podiam ter tido melhor música para acompanhamento.
Tenho muita curiosidade em ver este filme..
ResponderEliminarE depois de uma opinião tão positiva tenho mesmo de ver..
Beijinhos*
Tinha visto que és da África do Sul no teu blog, por isso, acho que sim que devias ver ou que qualquer pessoa o veja :D
EliminarBj