A Prenda, Cecelia Ahern
Título Original: The Gift
Autor: Cecelia Ahern
Editora: Editorial Presença
Género: Romance
Páginas: 268
Ano Publicação PT: 2009
ISBN: 9789722342490
Sinopse
Todos os dias Lou Suffern, um arquitecto bem-sucedido de Dublin, travava uma batalha inglória com o relógio, na tentativa vã de responder às múltiplas solicitações profissionais, familiares e sociais. Vivia a um ritmo vertiginoso. O seu desejo de sucesso afastou-o do que era realmente importante na sua vida. E assim foram correndo os dias até àquela gelada manhã de terça-feira em que resolveu oferecer um café a Gabe, o sem-abrigo que costumava sentar-se perto da entrada do seu escritório. À medida que o Natal se aproxima e que Lou vai privando mais de perto com Gabe, a sua perspectiva do tempo vai-se alterando... Emocionante e divertida, esta narrativa onde está sempre presente o espírito de Natal, faz-nos reflectir sobre a importância do tempo e rever as prioridades na nossa própria vida.
Lou Suffern tem tudo o que um homem pode desejar. Uma
carreira de sucesso, uma boa vida, uma família de quatro, contudo é um homem
demasiado ocupado e que tem de estar sempre em dois sítios ao mesmo tempo. E
como é que isso pode ser compatível com uma boa harmonia familiar?! Não fosse a
entrada de Gabe na sua vida nunca se iria aperceber dos erros que andava
constantemente a cometer.
Gabe é um sem-abrigo a quem Lou resolve ajudar com um
trabalho a distribuir correio pela empresa deste. Se no início fica contente
com a atitude que tomou, cedo se começa a aperceber de umas incongruências referentes
a Gabe, como o facto de ser demasiado rápido a chegar a qualquer lado. Porém
será este que lhe dará o remédio para prolongar a sua estadia na terra e
perceber onde errou, o que pode melhorar e o que devia ter sido a sua vida
todos os dias antes e depois do trabalho. Apesar de nunca ter pensado que ia ter um final triste até pela temática do Natal, fez todo o sentido e também me
fez abrir os olhos. Porque a vida já é uma correria e se não a aproveitarmos
como deve ser o tempo, este escapa-se como areia nas nossas mãos.
O objectivo da autora foi claro. Mostrar que na nossa vida
não somos nada sem as pessoas que nos acompanham e que estão sempre do nosso
lado. Por toda a riqueza que possamos possuir a mais importante é o carinho e o
respeito familiar. Não são os carros, a mansão, as melhores roupas, isso são
apenas acessórios. Verdade seja dita que também servem para que nos possamos
sentir bem, mas se não tivermos um reforço por detrás de todos nós, quem
somos?! E por mais que estejamos demasiados ocupados para isto ou aquilo, se
não fizermos um esforço adicional, as famílias também se desmembram. Muitas
pessoas têm-nas como garantidas mas as pessoas também se fartam e vêem que não
vale a pena o esforço por quem não o merece ou não o retribui.
E foi desta forma subtil que Cecelia Ahern resolveu contar
esta mensagem tendo como plano de fundo o Natal. E se esta época anda imbuída
em partilha, convívio e harmonia familiar, porquê não repensar que não é apenas
no Natal que devemos ter esses mesmos valores mas durante o ano todo. Nem que
seja um simples telefonema ou um simples encontro. Devemos repensar no que é
realmente importante na vida porque infelizmente o relógio não pára e quando
damos por ela já passou um mês, já passou um ano ou mais. E esse é o tempo que
é impossível de recuperar apesar de ser possível reparar relações.
Citações:
"Os caminhos tornam-se muito mais claros quando as pessoas deixam de olhar para o que as outras pessoas estão a fazer e, em vez disso, se concentram em si próprias."
"A lição aprendida por um homem é a história de outro homem, mas muitas vezes, a história de um homem pode ser a lição de outro."
"Oh eu sei que tu tens catorze anos e que pensas que tens todo o tempo do mundo, mas não tens. Nenhum de nós tem. Estamos a gastá-lo com toda a velocidade e indiferença dos compradores dos saldos de Janeiro. Daqui a uma semana, irão encher as ruas, inundar as lojas, de carteiras abertas e a desperdiçar todo o seu tempo e dinheiro."
"O tempo é mais precioso que o ouro, mais precioso que os diamantes, mais precioso que o petróleo ou que quaisquer outros tesouros valiosos. É um tempo que não nos chega, é o tempo que provoca as guerras nos nossos corações, e por isso temos de o gastar com sensatez. O tempo não pode ser embrulhado e decorado com fitas e deixado debaixo das árvores para a manhã de Natal. O tempo não pode ser dado. Mas pode ser partilhado."
Classificação: 4 de 5*
Quem bom que gostaste *.* Também choraste baba e ranho no final?
ResponderEliminarNão por acaso não, mas fiquei de queixo caído.
EliminarBelo livro :D
Momento embaraçoso xD
EliminarMas sim, é lindo *_*
Oh deixa la eu choro as vezes por coisas bem mais estupidas :s
EliminarJá me sinto melhor :D
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