06
out

Opinião Livro

Em Chamas, Suzanne Collins



Título Original: Catching Fire #2 The Hunger Games
Autor: Suzanne Collins
Editora: Editorial Presença
Páginas: 268
ISBN: 9789722344425
Série: Os Jogos da Fome

Sinopse

Depois de no primeiro volume Katniss se oferecer para substituir a irmã mais nova nos Jogos da Fome, que têm como lema «matar ou morrer», contra todas as expectativas, não só Katniss Everdeen venceu os Jogos da Fome, como pela primeira vez na história desta competição dois tributos conseguiram sair da arena com vida. Os dois jovens Katniss e Peeta tornaram-se agora os rostos de uma rebelião que nunca esteve nos seus planos. E o Capitólio não olhará a meios para se vingar… Um ritmo constante de adrenalina numa obra que promete tornar-se uma das leituras mais viciantes do ano. 



A provocação paga-se cara.
Se no primeiro livro da saga as bagas são decisivas para existirem dois vencedores, neste 2º volume não nada fazia prever a reviravolta que os 75º Jogos da Fome sofrem. E neste caso, tanto se pode falar das novas regras como do final imprevisível.

Katniss Everdeen depois de ser declarada vencedora dos Jogos da Fome juntamente com Peeta Mellark, passa a ser vista como um símbolo de revolução pelo poderoso Capitólio e a maneira que o Presidente Snow tem para acabar com a revolta nos distritos é voltar a colocar dois vencedores de todos os distritos novamente na arena. Se o imposto casamento não conseguiu acalmar os ânimos, é tempo de “lembrar aos rebeldes que nem mesmo os seus elementos mais fortes conseguem vencer o Capitólio.”


Katniss represente o sofrimento, pois de todas as maneiras terá sempre o seu destino traçado, não por si mas por pessoas que apenas oprimem e controlam os distritos. Não é apenas a sua vida que está em jogo, mas também a da sua família e daqueles que com motins resolveram indignar-se. Ela representa, assim, a esperança e a mudança que tem de ser feita num mundo onde impera a desigualdade. O papel de Katniss é claro na história, achei-a perspicaz em termos de jogo e na maneira como percebe a mente distorcida do Capitólio. Mas em termos emocionais é complicado perceber o que Katniss quer. É verdade que a autora colocou o triângulo amoroso para segundo plano, e ainda bem que o fez, contudo é difícil alcançar o que realmente Katniss deseja. Acho que foi a indecisão dela para com o Gale ou o Peeta que deixou muito a desejar a Parte 1, que é bastante monótona.


Sempre ouvi dizer que este livro dos três volumes é o mais interessante e tinha alguma expectativa quando iniciei a leitura. Não fiquei desiludida mas achei que fosse muito melhor. Salvou o livro a Parte 2 e a Parte 3. Alguns desenvolvimentos foram feitos e voltou a acção que também caracterizou o anterior volume. A reviravolta que são este novos Jogos da Fome, com o chamado terceiro Quarteirão - uma edição especial que existe de 25 em 25 anos com novas regras, - foi para mim uma das peças fundamentais neste livro para torná-lo emocionante. Nele ficámos a conhecer novas personagens e quem andava a proteger quem e com que intuito.


A escrita é simples e contem bastantes descrições, mesmo que muitas delas sejam longas demais, ajuda a compreender o ambiente. No segmento do anterior, a leitura continua a ser agradável e a dado momento exige um ritmo alucinante para acompanhar o desenrolar da acção em que Katniss e Peeta estão inseridos. Também o papel da rebelião e do Distrito 13 fazem com que a leitura do 3º volume, A Revolta, seja realmente obrigatória.


Citação:

“Nesse pequeno gesto, vejo o fim da esperança, o inicio da destruição de tudo o que mais amo no mundo. Não consigo imaginar que forma tomará o meu castigo, que tamanho terá a rede lançada, mas quando tudo chegar ao fim, provavelmente não restará nada. Assim, era de supor que neste momento me sentisse completamente desesperada. Eis o que é estranho. A sensação maior é de alívio. De poder desistir deste jogo.”

Classificação: 4 de 5*
 

 





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