Opinião Livro

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Pushing The Limits, Katie McGarry



Título Original: Pushing The Limits
Autor: Katie McGarry
Editora: Harlequin Teen
Páginas: 392
ISBN: 0373210493
Série: Pushing The Limits #1
Idioma: Inglês

Sinopse

No one knows what happened the night Echo Emerson went from popular girl with jock boyfriend to gossiped-about outsider with "freaky" scars on her arms. Even Echo can't remember the whole truth of that horrible night. All she knows is that she wants everything to go back to normal.But when Noah Hutchins, the smoking-hot, girl-using loner in the black leather jacket, explodes into her life with his tough attitude and surprising understanding, Echo's world shifts in ways she could never have imagined. They should have nothing in common. And with the secrets they both keep, being together is pretty much impossible.

Yet the crazy attraction between them refuses to go away. And Echo has to ask herself just how far they can push the limits and what she'll risk for the one guy who might teach her how to love again.


Ser popular no liceu significa que o que quer que aconteça à vida de cada um irá reflectir no nível de popularidade e consequentemente na maneira como se é olhado/a pelos outros. Não conheço a realidade nos EUA dos liceus, mas pelo que nos é possível ver pelos filmes, acho que este livro sublinha isso muito bem. Mas este livro é mais do que isto, aborda também temas complexos da vida real como a morte, a saúde mental e a adopção.

Narrado na 1º pessoa por ambas as personagens principais chega-nos a história de Echo e Noah, dois adolescentes no último ano do liceu, que apesar das diferenças não podiam ser mais semelhantes nos problemas que enfrentam. Se a Echo luta para se lembrar da trágica noite onde ficou marcada para a vida, o Noah luta pelo direito de poder visitar os dois irmãos mais novos que foram dados para adopção.


Echo Emerson tinha a reputação perfeita no liceu. Era popular e namorada do rapaz mais desejado, mas em casa vivia o desmoronamento do casamento dos pais, e se já lhe era difícil suportar isso e a bipolaridade da mãe, passa a ser pior quando o irmão morre na guerra. Mas se isto já não bastasse, aconteceu alguma coisa de muito mau de que não tem memoria entre si e a mãe. Apenas sabe que acordou no hospital e que agora tem mazelas para o resto da vida nos braços. Não é fácil e de repente passa de popular a rejeitada, pois vários rumores são espalhados pelo liceu sem que nenhum consista à verdade. Depois de enumeras terapias começa a frequentar o serviço de protecção de menores no liceu para tentar restaurar a memória. Contudo lidar com os antigos amigos que querem de volta a velha Echo, com o pai e a namorada grávida, o facto de não saber do paradeiro da mãe e ainda ter de lidar com a falta de detalhes daquela fatídica noite, não é nada fácil quando aparentemente tem de o fazer sozinha. Mas a ajudar parece chegar da pessoa menos provável.


Noah Hutchins era um rapaz promissor, tinha uma vida normal até ao dia que os pais morreram. A partir daí passou por várias casas de adopção mas nunca com os irmãos. A revolta de não os poder ver quando quer gera uma má atitude para quem lhe decide impor regras e dizer o que fazer. É por isso que tem dificuldade em aceitar que os irmãos estão melhores com uma família adoptiva do que com ele, apesar de insistir em querer a guarda deles mesmo com um trabalho precário. Catalogado como um adolescente problemático é acompanhado pelo sistema de protecção de menores de forma a orientar a vida dele. E é aí que começa a estabelecer contacto com Echo quando passa a ser a sua tutora. 


Nos primeiros tempos é-lhes difícil perceberem que têm bastante em comum, mas depois não conseguem negar a atracção que começam a desenvolver. Ela ainda tenta voltar à vida social anterior e dá uma segunda oportunidade ao ex-namorado, mas percebe que não valem a pena pois não conseguem lidar com suas cicatrizes. Noah que sempre viu as raparigas como um divertimento tem dificuldade em admitir os sentimentos que nutre pela Echo e o papel que ela começa a desempenhar na sua vida. Se a Echo achava que estava a perder a cabeça, ele é das poucas pessoas que a ajuda a juntar as peças e que aceita as mazelas.


Personagens bem construídas e complexas, acho que a autora soube desconstruir a história em torno da Echo muito bem. De capítulo para capítulo ficamos com mais vontade de saber o que afinal se passou e como ela irá reagir quando souber a verdade. E ao colocar o Noah na história foi mais um bónus para a leitura ser ainda mais agradável. Recomendo.

Citações:


«“I know crazy when I see it.” The moment the words flew out of my mouth I regretted them. Sometimes when you see the line, you think it’s a good idea to cross it—until you do.»


"No tears streamed down her face. The worst type of crying wasn’t the kind everyone could see—the wailing on street corners, the tearing at clothes. No, the worst kind happened when your soul wept and no matter what you did, there was no way to comfort it. A section withered and became a scar on the part of your soul that survived. For people like me and Echo, our souls contained more scar tissue than life." 

Classificação: 4,5 de 5*
 

 
 
 
 
 
 
 
 





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