Opinião Livro

Ask The Passengers, A. S. King



Título Original: Ask The Passengers
Autor: A. S. King
Editora: Little, Brown
Género: YA
Páginas: 209
Ano Publicação: 2012

Sinopse

Astrid Jones desperately wants to confide in someone, but her mother's pushiness and her father's lack of interest tell her they're the last people she can trust. Instead, Astrid spends hours lying on the backyard picnic table watching airplanes fly overhead. She doesn't know the passengers inside, but they're the only people who won't judge her when she asks them her most personal questions--like what it means that she's falling in love with a girl.

As her secret relationship becomes more intense and her friends demand answers, Astrid has nowhere left to turn. She can't share the truth with anyone except the people at thirty thousand feet, and they don't even know she's there. But little does Astrid know just how much even the tiniest connection will affect these strangers' lives--and her own--for the better.

In this truly original portrayal of a girl struggling to break free of society's definitions, Printz Honor author A.S. King asks readers to question everything--and offers hope to those who will never stop seeking real love.


Já há algum tempo que tinha alguma curiosidade em ler A.S. King, pois os seus livros são bastante adorados na blogosfera. E tendo lido muito poucos que abordam questões como a homossexualidade, resolvi experimentar este. 
A verdade é que tive sérias dificuldades de entrar na história, mas assim que o terminei foi quando consegui digeri-lo melhor.

Astrid é uma alma solitária que adora deitar-se ao relento e ver os aviões passarem no céu distante e falar com os passageiros. A maneira que adoptou para conseguir lidar com frustrações, tristezas, alegrias e segredos, é declarar o seu amor aos passageiros do avião que avista. Ao expor os seus problemas espera que alguém consegui receber o seu amor nas alturas para saber que não está sozinho/a. Todos enfrentamos dificuldades e são várias as questões que nos interrogamos e assim Astrid, sem conseguir desabafar com a família ou os amigos, fala com quem está naquele vôo.

Os segredos fazem parte de cada um de nós, um piores do que outros, a verdade é que todos nós os temos. Só que esta história está rodeada de tantos segredos que no fundo me pergunto para quê. Inicialmente andamos em volta do segredo dos amigos de Astrid, que guarda a sete chaves, até que chegamos ao da própria Astrid. Conclusão, o segredo é o mesmo, não percebo o porquê de tanto alarido para querer escondê-lo, ainda por cima, quando são melhores amigas.

Porém o livro consegue ganhar outro ânimo quando Astrid se consegue libertar das amarras que a estão até então a prender. Mostra que, muitas vezes, não são os de fora que dificultam as coisas, mas somos nós próprios, tanto por não sabermos exactamente o que queremos ou o que somos, como na importância que imprimimos nas expectativas dos outros. Mas no fundo quem tem de ser e estar feliz, somos nós, e levantar sempre a cabeça quando sabemos que não devemos nada aos outros, e neste ponto o livro conseguiu exprimir-se bem.

Outro ponto que só consegui apreciar quando acabei a leitura foi, ao focar-me na solidão e nas questões que assombram a mente de Astrid é fácil perceber que o ser humano, seja qual a idade que tenha ou em que contexto está inserido, tem constantemente dúvidas e incertezas, mas é na capacidade de aceitar o presente e lutar por um futuro mais risonho, que conseguimos suportar o que nos tenta deitar abaixo.

Com um ritmo que demora a acelerar e a cativar, a leitura em si não me prendeu satisfatoriamente, mas quando terminei e abordei certos passos dados, gostei do caminho que tomou e na mensagem que incidiu. Por isso venham mais leituras de A.S. King.

Citações:

“All those people who are chained here thinking that their reputations matter and this little shit matters are so freaking shortsighted. Dude, what matters is that you're happy. What matters is your future. What matters is that we get out of here in one piece. What matters is finding the truth of our own lives, not caring about what other people think is the truth of us.”  

“Look, this is a loan. I don't know if love is something I will run out of one day. I don't know if I should be giving it all to you guys or not. Today, I feel like maybe I should have kept some for myself for days when no one else loves me.” 

“I place us where we are a happy couple who are madly in love, and we are kissing the way people kiss on their wedding day. With joy and relief and love. Without guilt. Without Shame.”

Classificação: 4 de 5*


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