Divergente
Realizador: Neil Burger
Elenco: Shailene Woodley, Theo James, Kate Winslet, Ansel Elgort, Zoë Kravitz, Ashley Judd, Miles Teller
Género: Ficção Científica/Aventura
Ano Estreia PT: 2014
Classificação IMDb: 7,5
Esta review já vem tarde.
Depois de já ter desesperado na primeira semana de estreia por ter chegado ao cinema para comprar os bilhetes e o filme já ia com 10 minutos, lá consegui ir na semana seguinte, e com a companhia mais improvável de sempre, a minha mãe.
Primeiro que tudo tenho de falar da banda-sonora, tem de ser.
Eu já conhecia algumas músicas – Run Boy Run, Waiting Game e I Need You - e
quando elas começaram a tocar em certas sequências, fiquei extasiada. Acho que
ficaram bem enquadradas e foram graças a elas que guardo na memória alguns bons
momentos.
Conhecemos Chicago uma cidade pós-apocalíptica e pela voz de
Beatrice “Tris” Prior (Shailene Woodley) é nos dado a conhecer as 5 facções
existentes: os Eruditos, os Intrépidos, os Cordiais, os Cândidos e os Abnegados.
Cada jovem aos 16 anos tem de escolher uma facção, permanece na sua ou muda,
deixando para trás a família e a vida que conhecia até ali. Beatrice é uma
desses jovens que terá de escolher e quando chega a hora descobre que se
encaixa em mais do que uma facção, significando isto que, é uma Divergente.
Apesar de raros são altamente incontroláveis pela sociedade que os quer ver
extintos.
Que dizer do filme. Shailene Woodley faz uma excelente Tris,
consegue mesmo roubar a cena e puxar todo o protagonismo para si. É através
dela que vamos conhecendo o mundo distópico de Chicago e nos momentos de
sofrimento também sentimos a sua aflição. Quando escolhe os Intrépidos faz de
tudo para lutar por um lugar naquela facção, porém assim que começa a
desconfiar dos seus poderes secretos, que tem de esconder de todos para seu bem,
não desiste de descobrir a verdade sobre o que são os Divergentes assim como a
ameaça aos Abegnados pelos Eruditos. É com a ajuda de Four (Theo James) que
inicialmente é seu instrutor, depois passa para fiável/amigo até ser o seu namorado, que vai em busca dessa verdade.
Acho que Theo James fez um bom trabalho, nem abusou nem anulou a principal personagem
masculina, soube dar-lhe o toque certo de arrogância e distanciamento como de protector
e lutador.
Mas senti falta de algumas personagens. O papel do Peter (Miles Teller) fica bastante aquém para
alguém que é um autêntico pica-miolos no livro, no filme não teve o crédito que
deveria ter tido. Nem mesmo o Uriah que tem um papel de destaque no 2 e 3º
livro aparece aqui.
Achei importante o facto de o realizador ter focado o rosto
da Tris e do Four, para de alguma maneira, o espectador pudesse captar e sentir
as emoções que ambos transmitiam sem as pronunciar. O filme pretende mostrar o
crescimento da personagem Tris: de insegura, tímida e perdida finalmente
encontra a coragem e determinação para lutar por algo que acredita e que fará
de si melhor. Ao entrar para os Intrépidos as capacidades físicas e psicológicas
são levadas ao extremo e por isso mesmo é o do
it or die. O vencer dos medos.
O filme dentro do possível está fiel ao livro, consegue
mostrar bem o treino que os Iniciados levam nos Intrépidos, como a Tris e
o Four começam a descobrir-se e a constatar o que andam a tramar as facções até culminar
no final repentino e alucinante. O livro tem essa mesma calma inicial como termina de forma abrupta, por isso, acho que o fim do filme acontece na mesma sequência
certa de desenvolvimentos do livro.
Como este foi o meu livro preferido da série fiquei satisfeita com o filme. Aconselho que quem não tenha lido o livro o faça, vale a pena e depois veja o filme.
Agora já é sabido que o último livro da trilogia Convergente
será dividido em dois filmes. Por isso, até 2017.
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