Filmes de Fim-de-Semana à Tarde








Já tinha visto este filme de 1996 há alguns anos e sempre pensei que fosse daqueles filmes que ia relembrar com carinho devido ao facto de ser tão acarinhado por tantas pessoas e ser daqueles que tem uma componente que me atrai. Este filme arrecadou 5 nomeações para os Óscares, sendo uma delas a de Melhor Filme, contudo só ganhou a de Melhor Actor Secundário para Cuba Gooding Jr.. E claro também se destaca pelas míticas frases “you complete me”, “show me the money!” e “you had me at “hello””. Realizado por Cameron Crowe.


Só que na altura não fiquei nada impressionada e esperava muito mais do filme. Mas ontem voltei a revê-lo e não é que desta vez me atraiu mais. Para quem não sabe fala do jovem agente desportivo Jerry Maguire (Tom Cruise) que basicamente está no topo do mundo mas devido a más escolhas acaba por perder o emprego, a noiva e a vida fantástica que tinha até então. As únicas pessoas que ficam do lado dele são a jovem mãe solteira Dorothy Boyd (Renée Zellweger) que quer segui-lo para sua nova agência e o seu único cliente Rod Tidwell (Cuba Gooding Jr). Porém este jogador de futebol americano tem um temperamento complicado e acaba por dificultar a vida a Jerry para lhe arranjar melhores contratos. E a relação profissional com Dorothy depressa passa para o outro lado.


Acho que acabei por ficar com outra percepção do filme porque não o tinha visto pela base da amizade bastante presente mas estava agarrada à ideia de ser um filme romântico. E apesar de haver uma história de amor não é ela que o sustenta mas sim os valores da solidariedade, amizade, lealdade, paixão pela vida e saber mudar e crescer. Agarrado à ideia do dinheiro fácil do desporto dá-nos uma lição entre as diferentes vidas de Jerry e Rod, enquanto o primeiro consegue ter paixão pela carreira e daí ter ganhos não o consegue na parte amorosa, já Rod destaca-se pelo amor na vida familiar mas nenhuma paixão ou entrega à vida profissional. É necessário Kwan, ou seja, amor, respeito, comunidade. Cameron Crowe gosta sempre de primar pela boa banda-sonora, mas também tenho de dar destaque à boa prestação de Cuba Gooding Jr., ao amoroso miúdo e pela mensagem. 










Quando saiu para o mercado vi por duas vezes este filme e gostei imenso. A música alienada ao encontro de um filho com os pais que nunca os deixou de quer procurar. Realizado por Kirsten Sheridan estreou em 2008. "I believe in music the way that some people believe in fairy tales."

Os pais de Evan (Freddie Highmore) deram-lhe o dom de ouvir música em todo o lado, e este busca a inspiração no vento, nos copos, nas folhas das árvores, nos espanta-espíritos. É um jovem dotado mas vive num orfanato e sonha ser “encontrado”. Na verdade os pais não sabem que ele está vivo, a mãe Lyla (Keri Russell) uma jovem promessa violoncelista tem um acidente e o pai aproveita para lhe dizer que a criança morreu para não desperdiçar a sua carreira. Já o pai Louis (Jonathan Rhys Meyers) um jovem cantor, nunca soube sequer que ela esteve grávida já que tudo aconteceu numa noite e nunca mais se voltaram a ver por interferência do pai de Lyla.
 

Tinha mesmo adorado este filme, pois sempre achei que foi a música que uniu os pais e foi a música que voltou a reunir os três. É engraçado que quando Lyla e Louis deixam-se de se ver ambos abandonam as respectivas carreiras e até ao 11º aniversário do filho nunca mais tocam. Mas foi preciso Evan começar a tocar e criar para que os pais também se vissem novamente com vontade de agarrar a música. Foi esta comunhão pela união da família e da música que transformaram este filme numa doçura.
Só que o filme peca (e só reparei nisto agora) que ninguém pergunta onde estão os pais dele quando vai parar a uma igreja nem quando o levam para a Juilliard. Por muito que o miúdo fosse um prodígio isso chama-se exploração. Entendo a ideia do filme mas é demasiado rebuscado esta ideia que uma criança de 11 anos ande sem pais em Nova Iorque e ninguém tente saber onde andam.


Vale pela magia que a música é capaz de transformar e juntar. Tem ainda algumas canções interpretadas pelo próprio Jonathan Rhys Meyes. Só gostava que o Freddie Highmore não tivesse aquela postura de miúdo molengão e que parece que anda sempre no mundo das nuvens, pois já no Charlie e Fábrica de Chocolate era a mesma coisa. "Music is all around us. All we have to do is listen."






E vocês já viram estes filmes?

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