Ten Tiny Breaths, K. A. Tucker
Título Original: Ten Tiny Breaths
Autor: K. A. Tucker
Editora: Papoti Books
Género: New Adult
Série: Ten Tiny Breaths #1
Páginas: 262
Ano Publicação: 2012
ISBN: 9780991686001
Sinopse
Kacey Cleary’s whole life imploded four years ago in a drunk-driving accident. Now she’s working hard to bury the pieces left behind—all but one. Her little sister, Livie. Kacey can swallow the constant disapproval from her born-again aunt Darla over her self-destructive lifestyle; she can stop herself from going kick-boxer crazy on Uncle Raymond when he loses the girls’ college funds at a blackjack table. She just needs to keep it together until Livie is no longer a minor, and then they can get the hell out of Grand Rapids, Michigan.
But when Uncle Raymond slides into bed next to Livie one night, Kacey decides it’s time to run. Armed with two bus tickets and dreams of living near the coast, Kacey and Livie start their new lives in a Miami apartment complex, complete with a grumpy landlord, a pervert upstairs, and a neighbor with a stage name perfectly matched to her chosen “profession.” But Kacey’s not worried. She can handle all of them. What she can’t handle is Trent Emerson in apartment 1D.
Kacey doesn’t want to feel. She doesn’t. It’s safer that way. For everyone. But sexy Trent finds a way into her numb heart, reigniting her ability to love again. She starts to believe that maybe she can leave the past where it belongs and start over. Maybe she’s not beyond repair.
But Kacey isn’t the only one who’s broken. Seemingly perfect Trent has an unforgiveable past of his own; one that, when discovered, will shatter Kacey’s newly constructed life and send her back into suffocating darkness.
Interessei-me por este livro pela capa e o nome. Achei-os apelativos e parti à descoberta, foi uma boa descoberta mas com uma reviravolta que não estava nada à espera e que podia ter corrido mal se a autora propositadamente não exibisse o lado bom da personagem masculina na 1º parte.
Kasey e Livie Cleary começam uma nova vida em Miami, longe dos tios
que as acolheram quando os pais destas morreram. Kasey sempre quis poder
proporcionar uma vida melhor à irmã e fugir daquele sítio e quando o tio ameaça
tocar em Livie, resolve que é mais do que tempo de sair dali. Em Miami, arranja
um pequeno apartamento, trabalho, inscreve a irmã na escola local e inscreve-se
num ginásio. Estes são os pequenos objectivos desta rapariga que carrega os
tormentos de um acidente trágico e que a faz ser distante com qualquer pessoa
que se cruze no seu caminho. Mas será que as novas pessoas que conhece estão dispostas a quebrar as muralhas que Kasey construiu?
Kasey é fria, distante, impenetrável e tem como único
objectivo tornar o mundo da irmã o melhor possível. O acidente de viacção que
vitimou os pais, a melhor amiga e o namorado, tornou-a assim, e o mundo que
criou só a irmã é bem-vinda. Não deixa ninguém aproximar-se muito menos
tocá-la, sendo as mãos o ponto pior. Mas a vizinha Storm e a filha Mia parecem
ser as pessoas certas para iniciar novas amizades, e fazendo o favor à irmã de
se tornar mais simpática, deixa-as entrar na sua vida. Com Trent Emerson, outro vizinho, a
situação não é diferente, desde o primeiro momento e sem perceber como, não
consegue deixar de pensar nele. Só que Storm consegue desmoronar a muralha mais depressa
do que Trent, apesar de este fazer de tudo para a fazer desistir de resistir àquilo
que sente.
Se a Kasey tem assunto mal resolvidos do passado e a melhor
forma que arranjou para lidar com eles foi tornar-se um bloco de gelo e descarregar
a frustração no saco de boxe, Trent não é diferente. Apercebi-me desde o início
que ele também teria de ter passado por algum problema mas nunca iria imaginar
que fosse aquele. Aquilo é que foi um twist, e relembrando tudo
o que a personagem foi dizendo até ser revelado o seu segredo, faz todo o
sentido mas a autora ganha um ponto por não o ter tornado previsível. Contudo
não deixa de poder ser catalogado como distorcido e só graças à maneira de ser
do Trent antes da revelação, que me fez continuar a gostar do livro, porque
poderia ter tido uma reacção bem pior.
As personagens secundárias também foram fundamentais para
que o livro resultasse, cada um à sua maneira conseguiu transformar a
personagem principal na Kasey que a irmã apelidava como Kasey do Antes, e
graças a eles que houve uma evolução nesta personagem. Afinal lidar com as
angústias da vida não é um fardo para um só mas devemos partilhá-las com alguém,
seja um profissional seja um amigo, o importante é não deixar que o fardo se
torne mais pesado do que a própria pessoa. Os últimos capítulos são sobre isso
mesmo, lidar com o ódio, a compaixão, o sofrimento, a perda e o perdão. Afinal
de conta, só o perdão tem o poder de conseguir curar uma alma destroçada.
Tenho lido ultimamente muitos livros que falam sobre perda e
a maneira como cada personagem lida com isso. Não escolho livros com essa base mas acabam por vir sempre parar às minhas mãos, mas mesmo assim, conseguem
corresponder sempre às minhas expectativas, o que é bom. E o que noto é que em
todos eles há um fundamento essencial: é necessário saber lidar com a morte,
fazer o luto apropriado e não se deve deixar que passado reja o futuro nem que
o passado seja esquecido como se não tivesse acontecido. Mas ultrapassá-lo
apropriadamente e relembrá-lo com carinho, porque a dor essa nunca desaparece,
só permanece calada.
Gostei da profundidade da mensagem exposta pela autora, e como não me desiludi, quero continuar a acompanhar esta série, que no próximo One Tiny Lie contará com a Livie.
Citações:
"Just breathe. Ten tiny breaths...Seize them. Feel them. Love them."
"I just
wanted to make you happy again, Kacey. It’s the only way I can fix it."
"I used
alcohol and drugs to drown out the pain at first. Then I moved on to violence
and sex. But now,” I look directly at Dr. Stayner, “I just appreciate the fact
that I can hug my sister, and laugh with my friends, and walk, and run. That I
am alive. That I can breathe."
Classificação: 4 de 5*
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