A Rapariga que Roubava Livros
Título Original: The Book Thief
Realizador: Brian Percival
Elenco: Sophie Nélisse, Geoffrey Rush, Emily Watson
Género: Drama
Ano Estreia PT: 2014
Classificação IMDb: 7,7
[Não costumo avisar mas contém spoilers]
Uma jovem é obrigada a conhecer outra família quando o Nazismo começa a alastrar na Alemanha. Liesel (Sophie Nélisse) encontra nos braços de Hans Huberman (Geoffrey Rush), Rosa (Emily Watson), Rudy (Nico Liersch) e Max (Ben Schnetzer), o conforto que necessita para ultrapassar a dificuldade de ter sido abandonada pela a mãe e ter visto o irmão morrer. Mas os livros parecem ser o bálsamo que lhe enche a alma, apesar de inicialmente, não saber ler e não ter acesso a eles.
Não queria entrar por caminhos sobre qual é o melhor, mas infelizmente preciso de o fazer. O livro é muito melhor, o filme não é nada mau,
mas a meu ver retirou o brilho a personagens importantes da obra e deu a
outras.
Rosa mostra apenas uma pincelada do mau génio que usou e abusou durante quase todo o livro, preferindo focando o seu lado de coração forte e bom. Já Rudy, o menino de cabelo de limão, podia ter sido mais usado para mostrar a forte cumplicidade com a protagonista. E claro, não podia deixar de falar da grande protagonista deste enredo, a Morte. Só que ela é apenas protagonista na obra literária porque aqui é uma observadora muito distanciada. Se no livro conseguimos sentir a assombração da Morte perto de Liesel, no filme só obtemos um lamiré do seu papel e as frases mais marcantes proferidas por si.
Rosa mostra apenas uma pincelada do mau génio que usou e abusou durante quase todo o livro, preferindo focando o seu lado de coração forte e bom. Já Rudy, o menino de cabelo de limão, podia ter sido mais usado para mostrar a forte cumplicidade com a protagonista. E claro, não podia deixar de falar da grande protagonista deste enredo, a Morte. Só que ela é apenas protagonista na obra literária porque aqui é uma observadora muito distanciada. Se no livro conseguimos sentir a assombração da Morte perto de Liesel, no filme só obtemos um lamiré do seu papel e as frases mais marcantes proferidas por si.
Mas se estas personagens perderam o brilho, foi para dar ênfase à personagem Liesel. Graça à actriz Sophie
Nélisse, foi lhe dado todo o destaque, e dei por mim a reparar em todas as suas expressões que denunciavam tudo
e exprimiam com clareza o que estava a sentir. Uma brilhante interpretação que
me fez gostar mais desta Liesel do que a do livro. Ela consegue graças à sua
espontaneidade roubar o protagonismo às cenas.
A essência do livro está lá, mas faltou qualquer coisa para
fazer deste filme majestoso como a versão literária. E também acho
que quem não leu o livro, fica com uma ideia completamente errada sobre quem é
a afinal a protagonista nesta história toda. E pode achá-lo não ser digno de nota
porque simplesmente embarca pelo caminho de mostrar a relação de Liesel com quem a rodeava, contudo sem enfatizar estas relações interpessoais, e não tanto o lado dos alemães que
também sofriam horrores com a 2º Guerra Mundial.
Achei que foca-se de maneira diferente na história, e claro está, cada
um retira as conclusões que quer e assim o fez o argumentista, porém mostra pouco sobre como, em
altura de guerras, ninguém está imune a sofrer as consequências, esteja de que
lado estiver, e essa abordagem acabou por saber a superficial. Ainda assim serviu para mostrar que em plena guerra o terror pode estar presente mas são nesses momentos que sabemos quem tem a competência
para lutar contra as adversidades e mostrar o lado mais humano. O problema foi que
não bastou para me comover.
PS- quem já viu o filme diga lá se o Rudy não se parece com este miúdo do quadro de Giovanni Bragolin?!
E vocês também sentem curiosidade em relação à adaptação?
Estou com medo do filme >.<
ResponderEliminarNão tenhas, não vás é com expectativas altas :)
EliminarCombinado ;)
EliminarJá vi. Ainda bem que vi na net ou ia chorar os meus €€€ :X
ResponderEliminarLOOOOOOL
EliminarEntão?!
Como filme apenas está bom, mas.... mas como adaptação é insipido. Confuso? :/
EliminarNão, percebi perfeitamente onde queres chegar.
EliminarOu seja, é um bom filme para quem não leu o livro.
Quem o leu sente falta de tanta coisa, não tem emoção nenhuma e o livro tem carradas :/
Touché!
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